28/04/2021

Confira 10 passos para ter uma alimentação saudável

Mulher preparando sua alimentação saudável

Quando se fala em alimentação saudável, pode haver muita confusão com regimes e restrições nutricionais em busca de um corpo que se encaixe em padrões estéticos irreais. Diversos estudos mostram que as pessoas estão cada vez mais insatisfeitas com a própria imagem corporal. Isso faz aumentar também a busca por dietas de todos os tipos, exercícios físicos e procedimento estéticos.

No entanto, o que profissionais de saúde vêm tentando mostrar é que a mudança de hábitos traz benefícios que vão muito além dos resultados que podemos ver no espelho.

Entre as vantagens, podemos destacar melhora da qualidade de vida, aumento da disposição, bom funcionamento do intestino, tendência a dormir melhor, bom humor e aumento da expectativa de vida.

Por isso, a seguir você confere dicas práticas de como melhorar a sua alimentação. E, acredite, elas não passam pela contagem de calorias.

Dicas fundamentais para uma boa alimentação

O Guia Alimentar para a População Brasileira é a principal publicação oficial do país utilizada como referência para se entender o que é considerada uma alimentação saudável.

O documento ressalta que a comida deve ser olhada de uma forma mais ampla, não só do ponto de vista nutricional, mas também da socialização, da tradição e do bem-estar. Assim, as recomendações não se restringem a classificar o que comemos de acordo com seus nutrientes ou sua composição calórica.

O guia recomenda que a base da alimentação seja feita a partir de comidas in natura (como frutas e legumes). Em menor quantidade, podem-se comer preparações culinárias e alimentos minimamente processados (como produtos em conserva). Por fim, o documento indica que devemos evitar os alimentos industrializados, ultraprocessados e repletos de ingredientes com nomes difíceis.

Essa recomendação foi elaborada com base em evidências científicas que relacionam o consumo de alimentos ultraprocessados e o excesso de peso corporal.

As recomendações do guia podem ser resumidas em dez passos para quem busca um estilo de vida saudável.

Confira a seguir:

  1. Fazer de alimentos in natura ou minimamente processados a base da alimentação;
  2. Utilizar óleos, gorduras, sal e açúcar em pequenas quantidades ao temperar e cozinhar alimentos e criar preparações culinárias;
  3. Limitar o consumo de alimentos processados;
  4. Evitar o consumo de alimentos ultraprocessados;
  5. Comer com regularidade e atenção, em ambientes apropriados e, sempre que possível, com companhia;
  6. Fazer compras em locais que ofertem variedades de alimentos in natura ou minimamente processados;
  7. Desenvolver, exercitar e partilhar habilidades culinárias;
  8. Planejar o uso do tempo para dar à alimentação o espaço que ela merece;
  9. Quando for comer fora de casa, dar preferência a locais que servem refeições feitas na hora;
  10. Ser crítico quanto a informações, orientações e mensagens sobre alimentação veiculadas em propagandas comerciais.

Cuidados com a alimentação durante a pandemia de COVID-19

A alimentação fora de casa é composta, na maioria dos casos, por alimentos industrializados e ultraprocessados como refrigerantes, cerveja, sanduíches e salgadinhos.

Além de contribuírem para o excesso de peso, esses alimentos são pobres em vitaminas e minerais. Acontece que esses nutrientes são fundamentais para o fortalecimento do sistema imunológico e nos ajudam a combater micro-organismos invasores, como o novo coronavírus.

Nesse sentido, o isolamento forçado pela pandemia acabou resultando em uma mudança positiva no hábito de muitos brasileiros. O estudo NutriNet Brasil mostra que, no último ano, as pessoas passaram a consumir com mais regularidade alimentos saudáveis como feijão, frutas e hortaliças. Isso porque acabaram comendo mais em casa e preparando a própria comida, melhorando seu padrão de alimentação.

Principais benefícios de uma alimentação saudável

O Estudo de Carga Global de Doenças no Brasil revela que 58% dos anos de vida perdidos precocemente no país se devem às doenças crônicas não transmissíveis, como diabetes, doenças cardiovasculares, acidente vascular cerebral e diversos tipos de câncer.

A alimentação saudável é um dos aspectos mais importantes para prevenir esses problemas, junto com a prática de exercícios físicos regulares outros hábitos saudáveis.

As doenças crônicas também estão intimamente ligadas à obesidade que, segundo o Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), avança em todas as faixas etárias e em todas as classes sociais no Brasil.

Além disso, é por meio da alimentação que o corpo tem acesso aos nutrientes necessários para construir novas células, atacar vírus e bactérias e realizar as diversas funções metabólicas. Na prática, isso significa que os macronutrientes (carboidratos, proteínas e gorduras) e os micronutrientes (vitaminas e minerais) presentes nos alimentos são o combustível necessário para vivermos bem.

Outra vantagem importante de uma alimentação equilibrada é o bem-estar. Desconfortos gastrointestinais (como gases, diarreia e constipação, queimação no estômago e refluxo) podem ser amenizados por uma dieta adequada. Da mesma forma, os alimentos podem ser utilizados de forma estratégica para amenizar dores, fortalecer o sistema imunológico e aumentar a disposição para realizar tarefas do dia a dia.

Mudanças históricas na alimentação brasileira

A Política Nacional de Alimentação e Nutrição relata que a população brasileira passou por grandes transformações sociais nos últimos 50 anos que resultaram em mudanças no padrão de saúde e no consumo alimentar. Por um lado, essas transformações reduziram a pobreza, a exclusão social e, consequentemente, a fome e a desnutrição. Por outro, houve forte aumento do excesso de peso e obesidade em todas as camadas da população.

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