Muitas pessoas têm as mesmas dúvidas com relação a tireoide, como: “o que causa tireoide?”, “como saber se tenho tireoide?” e “como saber se tenho tireoide pelo exame de sangue?”. Por isso, no conteúdo de hoje, você poderá esclarecer tudo sobre a tireoide, inclusive como saber se a glândula está alterada. Continue a leitura.
A tireoide é uma glândula em forma de borboleta localizada na parte frontal do pescoço. Ela desempenha um papel vital no funcionamento do nosso corpo, pois produz hormônios que regulam o metabolismo, o crescimento e o desenvolvimento.
Ela é uma glândula endócrina, ou seja, libera os hormônios que produz diretamente na corrente sanguínea. Os hormônios que ela produz são os hormônios tireoidianos: T3 (tri-iodotironina) e T4 (tiroxina). Eles são responsáveis pela regulação do metabolismo, crescimento e desenvolvimento que citamos e, portanto, influenciam no funcionamento de diversos órgãos do corpo.
No entanto, quando a tireoide não funciona corretamente, pode levar a distúrbios que afetam a saúde e o bem-estar.
Existem vários distúrbios que deixam a tireoide alterada, mas os mais comuns são o hipotireoidismo, o hipertireoidismo e o bócio.
O hipotireoidismo ocorre quando a tireoide não produz hormônios tireoidianos suficientes, resultando em um metabolismo mais lento.
Quando ocorre hipotireoidismo, os sintomas podem variar, mas geralmente incluem:
O tratamento para o hipotireoidismo envolve a reposição dos hormônios tireoidianos através de medicamentos, normalmente na forma de levotiroxina.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), se não tratado, o hipotireoidismo atrapalha a qualidade de vida. Por exemplo, a infertilidade, a sonolência e as alterações de humor podem prejudicar as relações sociais no trabalho e até no ambiente familiar.
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Já no hipertireoidismo ocorre o oposto, com a tireoide produzindo hormônios em excesso e, dessa forma, levando a um metabolismo acelerado.
Dessa maneira, há um aumento da taxa metabólica do corpo, causando sintomas como:
O tratamento do hipertireoidismo envolve medicamentos para diminuir a produção de hormônios tireoidianos, terapia com iodo radioativo ou cirurgia para remover parte ou toda a tireoide.
O bócio é um termo utilizado para descrever o aumento visível da glândula tireoide, resultando em um inchaço no pescoço. Ele ocorre devido a deficiências nutricionais ou disfunção da glândula, por isso, pode ser um sintoma tanto do hipotireoidismo quanto do hipertireoidismo.
Por exemplo, quando a tireoide não produz hormônios suficientes (hipotireoidismo), ela pode tentar compensar aumentando de tamanho. Da mesma forma, no hipertireoidismo, a glândula tireoide alterada pode ficar hiperativa e aumentar de tamanho.
Os distúrbios da tireoide podem ter diversas causas. O hipotireoidismo, por exemplo, pode ser causado por inflamação da glândula (tireoidite), disfunção autoimune (como a doença de Hashimoto) ou remoção cirúrgica da tireoide.
Já o hipertireoidismo pode ser causado por doença autoimune (como a doença de Graves), nódulos tireoidianos hiperativos ou consumo excessivo de iodo.
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Existem diferentes exames que os médicos podem solicitar para você saber se sua tireoide está alterada.
O exame de sangue é o mais comum, pois avalia os níveis de hormônios tireoidianos, como T3 e T4, além do hormônio estimulante da tireoide (TSH) (esse é o hormônio que controla o funcionamento da tireoide).
Esses exames ajudam a identificar se a glândula está funcionando como deveria. Além disso, um ultrassom da tireoide pode ser realizado para avaliar o tamanho, a forma e a estrutura da glândula. Em alguns casos, principalmente nos mais graves, uma biópsia da tireoide pode ser necessária para confirmar o diagnóstico de certas condições.
Além disso, é preciso reforçar que, em bebês, o teste do pezinho diagnostica o hipotireoidismo congênito. Com o diagnóstico precoce, é possível iniciar o tratamento da criança sem que seu crescimento e desenvolvimento sejam prejudicados.
Para evitar que a tireoide fique alterada e aliviar os sintomas da doença, algumas medidas podem ser adotadas, por exemplo:
Consuma alimentos ricos em iodo, como peixes, algas marinhas e sal iodado, pois, o iodo é um nutriente essencial para a produção de hormônios tireoidianos. Além disso, inclua alimentos ricos em selênio, zinco e vitaminas do complexo B.
Uma dieta adequada melhora sintomas como inchaço, cabelos e unhas fracas e ajuda na manutenção do peso, mas sozinho não trata sozinha.
Dessa forma, é possível evitar deficiências nutricionais. Mas, não se automedique, consulte um médico ou nutricionista para orientações específicas sobre a suplementação de vitaminas.
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A atividade física regular pode ajudar a melhorar o metabolismo e a saúde geral, o que também pode ter um impacto positivo na função tireoidiana.
Faça check-ups médicos regulares e realize exames de rotina para monitorar a saúde da tireoide. Se houver histórico familiar de doenças tireoidianas, é ainda mais importante estar atento aos sintomas e buscar acompanhamento médico.
Se você teve um diagnóstico de qualquer condição de tireoide alterada, siga as orientações médicas e tome os medicamentos prescritos conforme indicado. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento e a aprovação do seu médico.
Lembre-se de que cada pessoa é única, por isso, o tratamento e as recomendações podem variar de acordo com o tipo e a gravidade da doença.
Consulte um médico especializado para um diagnóstico preciso e um plano de tratamento adequado às suas necessidades individuais.
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