Tudo o que foi vivido em 2020 deixou ainda mais clara a importância de investir nos cuidados emocionais para uma vida mais equilibrada e feliz.
De acordo com o Instituto Janeiro Branco, a escolha pelo mês e cor tem seu significado: “No primeiro mês do ano, em termos simbólicos e culturais, as pessoas estão mais propensas a pensarem em suas vidas, em suas relações sociais, em suas condições de existência, em suas emoções e em seus sentidos existenciais. E, como em uma folha ou em uma tela em branco, todas as pessoas podem ser inspiradas a escreverem ou a reescreverem as suas próprias histórias de vida”.
O movimento nasceu no ano de 2014 em Uberlândia, MG, através da iniciativa de um grupo de psicólogos que entenderam a necessidade de informar e incentivar o maior número de pessoas sobre a importância de cuidar da saúde mental.
Ao olhar atentamente para os números, fica muito mais fácil entender a potência de uma campanha que fomente iniciativas para o cuidado e a manutenção de práticas que cuidem e estimulem iniciativas em prol da saúde mental das pessoas, que está cada ano mais abalada.
Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), aproximadamente 12 milhões de brasileiros sofrem de depressão. Esse número é equivalente a 5,8% da população, colocando o país em segundo lugar no ranking americano, ficando atrás somente dos Estados Unidos.
E quando o assunto é a ansiedade, os dados falam em torno de 20 milhões de brasileiros afetados, o que representa cerca de 9,3% da população.
Quando não tratados, esses transtornos mentais podem resultar em suicídio. Apontado, inclusive, pelo Ministério da Saúde como a quarta maior causa de mortes de jovens no país.
Alertar sobre todas essas questões e trazer materiais educativos que falem de forma direta e aberta sobre esses temas, muitas vezes, considerados tabus, também fazem parte do Janeiro Branco.
De acordo com uma pesquisa da OMS, a COVID-19 levou cerca de 93% dos países do mundo a interromperem os serviços essenciais relacionados aos cuidados com a saúde mental.
Mas é importante ressaltar que na contramão desse processo, o isolamento social, aliado a todo o cenário imposto pela pandemia atuou como gatilho para o surgimento e/ou reincidência de doenças relacionadas à saúde mental.
O que nos leva a perceber e reconhecer ainda mais a importância de olharmos para essa questão com muito mais carinho, cuidado e atenção. É mais um motivo par começarmos o ano focados nos cuidados com nossa mente e equilíbrio emocional.
Ou seja, é cada vez mais importante movimentos que estimulem tais cuidados, assim como o Janeiro Branco.
Já foi cientificamente comprovado que a atividade física contribui para o equilíbrio da saúde mental. Procure uma modalidade que goste e insira a sua prática pelo menos 3 vezes na semana, por no mínimo trinta minutos.
Priorizar uma alimentação equilibrada, composta por legumes, frutas e verduras, ajuda muito não só a saúde física, mas também a saúde mental. Procurar um nutricionista é sempre uma excelente opção para quem deseja começar a se alimentar melhor.
Ter uma boa noite de sono é fundamental para quem deseja cuidar da saúde mental. Quando não dormimos bem, nos sentimos cansados e exaustos, não só fisicamente, mas também mentalmente, já que é durante o sono que o nosso corpo realiza variadas funções que nos mantêm vivos e saudáveis.
A prática da meditação vem ganhando muito espaço na vida das pessoas, principalmente por se mostrar eficiente no controle da ansiedade e quadros depressivos. Você pode meditar em qualquer lugar e de graça. Comece com 1 minuto e vá aumentando quando se sentir confortável.
O uso de álcool, cigarro e drogas interfere ativamente no equilíbrio mental de quaisquer pessoas, já que são substâncias que causam efeitos negativos de forma imediata. Entre os males estão: dependência, oscilação de humor e gatilho de depressão, ansiedade, síndrome do pânico, entre outros problemas.
Existem inúmeras práticas que podem ser adotadas e hábitos que podem ser incorporados na sua rotina com o objetivo de cuidar da sua saúde mental e emocional. Você pode iniciar fazendo pequenas mudanças e avançar conforme se sentir mais forte.
E, se sentir que precisa de ajuda nessa jornada, procure profissionais como psicólogos, terapeutas, psiquiatras, que têm o conhecimento necessário para ser seu suporte.
Além disso, vale lembrar que existem alguns serviços gratuitos como o Centro de Valorização da Vida (CVV), que realiza apoio emocional e prevenção do suicídio, atendendo voluntária e gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo por telefone (188), e-mail e chat 24 horas, todos os dias.
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