Aproximadamente 9% da população brasileira é hipocondríaca. Continue a leitura e saiba mais sobre a condição, os riscos da automedicação e como saber se é hipocondríaco.
Ser hipocondríaco é possuir um distúrbio psicológico caracterizado pelo medo irracional de estar com uma doença grave, mesmo que não haja evidências médicas disso. Essa condição é comum e pode afetar pessoas de todas as idades, gêneros e origens étnicas.
A hipocondria pode ser identificada por meio de sinais e sintomas, por exemplo:
O hipocondríaco é constantemente assombrado por preocupações com sua saúde, por isso costuma agendar consultas médicas e buscar opiniões de diferentes especialistas. Ele realiza exames com frequência e pode até mesmo procurar atendimento de emergência ao sentir qualquer sintoma, mesmo que sejam coisas simples e naturais do seu corpo, como gases, por exemplo.
Ainda não se sabe o que causa a hipocondria, pois há vários fatores de risco que influenciam no surgimento da doença. Por isso, é preciso atenção aos fatores e aos sinais e sintomas da doença. Dessa forma é possível buscar atendimento psicológico antes que o comportamento coloque a saúde do paciente em risco.
Apesar de a hipocondria surgir na vida adulta, há fatores de risco que se acumulam desde a infância e outros relacionados a doenças, por exemplo:
Sem dúvida, a automedicação é o comportamento que mais apresenta riscos à saúde do hipocondríaco.
Primeiramente, a automedicação é o ato de tomar remédio por conta própria, sem a recomendação de um profissional capacitado.
Muitas pessoas acreditam que a automedicação é inofensiva, pois muitos remédios são de venda livre nas farmácias. No entanto, isso não é verdade. Para quem é hipocondríaco, por exemplo, a automedicação é uma “solução” para uma doença que não existe.
A ingestão excessiva ou o uso inadequado de medicamentos pode levar a uma intoxicação, que pode ser grave e até mesmo fatal.
Algumas pessoas podem apresentar reações alérgicas a certos medicamentos, o que pode causar sintomas como coceira, inchaço e dificuldade para respirar, por exemplo.
Outro risco grave do uso de medicamentos, é a piora do quadro clínico do paciente, seja por causar efeitos colaterais indesejados ou por interferir na eficácia do tratamento.
Todo medicamento pode apresentar efeitos colaterais, que variam de acordo com a substância e a dosagem utilizadas. No entanto, se automedicar aumenta o risco de dosagem incorreta Por isso, há maior chance do surgimento de efeitos colaterais.
Alguns medicamentos possuem substâncias que podem levar à dependência química, como é o caso de alguns analgésicos e tranquilizantes, por exemplo. Esse risco é especialmente grave para quem tem hipocondria devido ao abuso de substâncias.
O uso inadequado de antibióticos pode contribuir para o surgimento de novas bactérias resistentes, o que dificulta o tratamento de infecções.
Alguns medicamentos podem inibir ou amplificar o efeito de outros, o que pode causar problemas e comprometer o tratamento do paciente.
O primeiro passo é observar o seu comportamento em relação a doenças e sintomas do corpo. Por isso, questione-se:
Se você respondeu sim para duas ou mais dessas perguntas procure atendimento psicológico especializado para conversar sobre seus sentimentos e angústias.
Lembre-se de que somente um profissional capacitado pode identificar se você é hipocondríaco ou não.
O tratamento do hipocondríaco é uma jornada que envolve muitos profissionais de saúde, como psicólogos, psiquiatras, médicos clínicos e especialistas.
A terapia cognitivo-comportamental (TCC), por exemplo, é um tipo de tratamento que pode ajudar o paciente a reconhecer e mudar padrões de pensamentos negativos e distorcidos sobre a saúde.
Dessa forma, o paciente aprende a ter pensamentos mais realistas e positivos, que podem ajudar a reduzir a ansiedade. Mas, mesmo assim, em alguns casos, os médicos podem prescrever antidepressivos ou ansiolíticos para ajudar o paciente a controlar sua ansiedade e preocupação excessiva.
No entanto, é necessário lembrar que o tratamento da hipocondria é um processo gradual e pode levar um tempo para que o paciente aprenda a gerenciar suas preocupações com a saúde. Por isso, o apoio da família e amigos é fundamental para ajudar o paciente a manter a motivação durante todo o processo.
Saiba mais sobre saúde no blog Allcare.