Também conhecido como câncer de lábio e cavidade oral, o câncer bucal é o quinto tipo de tumor mais frequente em homens acima de 40 anos no Brasil, de acordo com o INCA (Instituto Nacional de Câncer). A doença é caracterizada pela presença de tumor maligno nas estruturas da boca, como língua, gengivas, bochechas e palato.
Estima-se que cerca de 15.100 novos casos da doença serão diagnosticados no triênio 2023-2025, sendo quase 11 mil em pacientes do sexo masculino, segundo estudo publicado na Revista Brasileira de Cancerologia.
Entenda, a seguir, quais são os fatores de risco para esse câncer, seus sintomas e quais são as principais formas de prevenção da doença.
Quando em contato com a mucosa da boca, o tabaco libera toxinas e causa lesões térmicas que acentuam o risco de tumores. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), pelo menos 69 substâncias usadas no cigarro causam algum tipo de câncer.
O álcool atua como solvente na boca, facilitando a penetração de substâncias nocivas nas células e causando alterações na mucosa, o que favorece a aparição de tumores.
A exposição prolongada ao sol, principalmente sem o uso de proteção, como protetor solar labial, chapéus ou bonés, pode causar danos aos lábios, promovendo o desenvolvimento de câncer nessa região.
O horário de exposição inadequada ao sol, entre 10h e 16h, é particularmente prejudicial devido à intensidade dos raios ultravioleta (UV).
A obesidade e o sobrepeso atuam no desenvolvimento do câncer de boca porque provoca alterações hormonais, metabólicas e inflamatórias no organismo.
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Trabalhadores expostos a certas substâncias químicas e poeiras no ambiente de trabalho, como óleo de corte, amianto, poeira de madeira, cimento, couro, cereais, formaldeído, sílica, fuligem de carvão, solventes orgânicos e agrotóxicos, correm um risco maior de desenvolver câncer de boca.
Afinal, essas substâncias podem causar irritação crônica e inflamação na mucosa bucal, favorecendo a transformação maligna das células.
O Papilomavírus Humano (HPV) é um vírus transmitido sexualmente que pode infectar a mucosa da boca e da garganta, causando alterações celulares que podem levar ao desenvolvimento de câncer. O HPV é um dos principais fatores de risco para cânceres orofaríngeos (boca e garganta), principalmente entre indivíduos mais jovens.
De acordo com o Grupo Brasileiro de Câncer de Cabeça e Pescoço (GBCP), a higienização oral incorreta favorece o acúmulo de placa bacteriana e o desenvolvimento de doenças periodontais, como a periodontite. Essas condições crônicas podem causar inflamação e aumento do risco de câncer de boca.
Dietas pobres ou sem a presença de frutas, legumes e verduras favorecem o surgimento da doença. Afinal, esses alimentos são ricos em antioxidantes, vitaminas e minerais que ajudam a proteger as células contra danos que podem levar à formação de tumores.
Lesões e outros machucados causados por dentaduras mal ajustadas, pontes e outros aparelhos bucais que causam atrito constante podem irritar a mucosa da boca. Por isso, ao longo do tempo, podem causar lesões pré-cancerosas se não forem corrigidas.
A prevenção da doença inclui eliminar alguns hábitos nocivos e adotar práticas saudáveis que dificultam o surgimento de tumores, por exemplo:
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O diagnóstico precoce é essencial para o sucesso do tratamento e cura da doença. Por isso, é essencial estar atento aos seguintes sintomas:
Se notar qualquer um dos sintomas mencionados, não hesite em buscar o atendimento de um profissional de saúde.
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O tratamento do câncer bucal pode incluir a remoção cirúrgica do tumor, além de sessões de radioterapia e quimioterapia – que podem ser usadas como complemento ao tratamento cirúrgico ou de forma isolada.
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