Entenda quais são os riscos de uma cardiopatia e saiba como proteger seu coração

Idosa com arritmia, sentada em sofá, e com as mãos na região do coração

Na prática, o termo cardiopatia engloba toda alteração no coração e no sistema vascular, gerando possíveis efeitos no funcionamento adequado do sistema cardiovascular. Trata-se de um quadro de saúde que pode ocorrer em qualquer fase da vida.

Embora seja possível prevenir as complicações derivadas da cardiopatia, esse tipo de condição ainda responde pela principal causa de mortalidade no Brasil e no mundo, como aponta a Organização Mundial de Saúde.

Principais tipos de cardiopatias

Ainda que englobem diversos problemas cardiovasculares sob o mesmo guarda-chuva, as cardiopatias podem ser separadas conforme a região afetada do coração e/ou das veias, além da causa e das manifestações do corpo. Confira:

1. Cardiopatia congênita

Esse tipo de disfunção surge no desenvolvimento do feto ao longo da gestação, fazendo com que a criança nasça com algum prejuízo na estrutura do coração. Nem sempre é possível explicar por que isso acontece, mas fatores genéticos e ambientais costumam estar envolvidos.

Estimativas apontam que a cada mil nascidos vivos, dez vão apresentar cardiopatia congênita. De acordo com o Ministério da Saúde, aproximadamente 30 mil crianças são diagnosticadas todos os anos com alguma alteração cardiovascular logo no nascimento.

Elas podem ser classificadas como leves, moderadas ou graves, conforme o grau de comprometimento apresentado. A partir disso, é possível orientar a melhor abordagem de acordo com o caso.

No mais, avaliações como o teste do coraçãozinho dentro do cuidado neonatal são relevantes para o diagnóstico precoce.

2. Doença arterial coronariana (aterosclerose)

Nesses casos, as artérias perdem a capacidade de manter o fluxo sanguíneo adequado no músculo cardíaco. Isso tende a acontecer pelo acúmulo de placas de gordura e pela obstrução da passagem do sangue. Esse processo recebe o nome de aterosclerose.

Se nada for feito, o quadro pode prosseguir até um infarto agudo, quadro caracterizado pela interrupção de irrigação sanguínea no coração.

3. Insuficiência cardíaca

Como o próprio nome sugere, trata-se de um distúrbio crônico que, aos poucos, faz o coração perder a força necessária para bombear o sangue pelo organismo.

Em resumo, essa condição costuma aparecer como consequência de outras alterações cardiovasculares.

4. Arritmias

Já nas arritmias, o coração perde o ritmo. Isso significa que, em vez de bombear o sangue, ele passa a fibrilar (ou seja, tremer) em determinados momentos, fazendo que alguns batimentos cardíacos sejam “pulados”.

Existem vários tipos de arritmia (classificadas conforme as frequências das falhas). Elas podem surgir espontaneamente ou associadas a outras alterações cardiovasculares.

5. Cardiopatia valvar

Nesses casos, há comprometimento das válvulas do coração levando a um quadro de perda da capacidade de manter o fluxo sanguíneo na direção correta.

Uma das causas que explicam a cardiopatia valvar é a perda de rigidez ou de elasticidade das válvulas cardíacas, que dificulta o fluxo sanguíneo e ocasiona em uma maior dificuldade para o sangue percorrer o caminho correto sem sobressaltos.

A rigidez e a perda da elasticidade podem ocorrer em casos de alterações congênitas, infartos ou ainda lesões no coração causadas por doenças reumáticas e infecções (denominadas endocardites).

Fatores de risco mais comuns de uma cardiopatia

Cada tipo de cardiopatia apresenta sintomas e sinais diferentes, que nem sempre são fáceis de identificar por conta própria. Além disso, a evolução de muitas condições cardiovasculares é lenta e silenciosa, o que faz com que elas sejam notadas apenas em estágio mais avançado.

Por isso, é sempre válido investir na prevenção para contornar alguns dos fatores que contribuem para o desenvolvimento da cardiopatia. Entre os principais estão:

Esses aspectos são chamados também de “fatores modificáveis”, já que alterações em alguns hábitos podem fazer com que eles saiam da rotina ou possam, ao menos, ser devidamente controlados.

Em contraste, há ainda aqueles conhecidos como “fatores não modificáveis”, situações em que muito pouco pode ser feito. Exemplos: histórico familiar, idade e gênero (estima-se que homens apresentem problemas cardíacos do que mulheres, mas o quadro tende a ser mais falta nelas, de acordo com a Federação Mundial do Coração)

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Como reduzir as chances de problemas no coração

Algumas práticas contribuem para reduzir o risco de cardiopatias. Elas incluem:

  • Controlar condições pré-existentes, como obesidade, pressão arterial, diabetes e colesterol;
  • Manter uma dieta equilibrada, que reduza o consumo de alimentos ricos em gordura, sal e açúcar;
  • Evitar o tabagismo e reduzir a ingestão de álcool;
  • Praticar atividades físicas com a devida regularidade (dentro das limitações individuais);
  • Encontrar formas de aliviar o estresse do dia a dia.

Todas essas iniciativas em conjunto contribuem não apenas na redução da chance de desenvolver uma cardiopatia com o passar dos anos, como ajudam também na promoção de uma vida mais saudável.

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