A esclerose múltipla (EM) é uma doença autoimune do sistema nervoso central que afeta em torno de 2,5 milhões de pessoas em todo o mundo. Diagnosticar a esclerose múltipla precocemente melhora o prognóstico da doença e evita o surgimento de sequelas. Continue a leitura e saiba mais.
A esclerose múltipla é uma doença crônica e autoimune que causa danos às fibras nervosas do cérebro e da medula espinhal. Conforme a inflamação e a degeneração acontecem, os neurônios perdem sua bainha de proteção, afetando a capacidade do corpo de enviar e receber sinais nervosos.
A doença tem quatro formas clínicas:
85% dos casos. Ocorre nos primeiros anos da doença e melhora espontaneamente ou após o tratamento.
Evolução da EMRR em que há dificuldade de recuperação dos surtos e acúmulo de sequelas.
10% dos casos. Há piora gradativa dos surtos.
Rápida e mais agressiva que as demais. Afeta 5% dos pacientes.
Embora as causas da doença não estejam elucidadas, sabe-se que ela é mais comum em pessoas entre 20 e 40 anos de idade e, em especial, mulheres. Apesar disso, há vários fatores de risco conhecidos para a doença.
Conhecer os fatores de risco e os sintomas iniciais da esclerose múltipla contribui para diagnosticar a doença o quanto antes, por isso, tenha atenção aos sinais.
De acordo com a Associação Brasileira de Esclerose Múltipla, os sintomas da doença não seguem um padrão e nem se manifestam da mesma maneira em todas as pessoas.
Por conta da sua cronicidade, os sintomas podem evoluir, tornando o quadro mais grave e o paciente mais dependente. Por isso, diagnosticar a esclerose múltipla no início da doença permite um tratamento precoce, reduzindo a intensidade dos sintomas e as sequelas neurológicas.
Primeiramente, é preciso reforçar que, considerando que os sintomas variam nos pacientes, nem sempre é possível o diagnóstico nos primeiros sinais. Por isso, em caso de suspeita, é necessário realizar acompanhamento médico.
Mas, em geral, o diagnóstico consiste em avaliação clínica, análise de histórico médico e exames clínicos e de imagem, associados à análise de liquor, para avaliar marcadores específicos da doença.
A ressonância magnética de crânio e medula é a principal forma para diagnosticar a esclerose múltipla, pois permite visualizar as lesões características da doença. Em contrapartida, a análise de liquor, permite descartar outras doenças com sintomas semelhantes aos da esclerose múltipla.
Com relação ao tratamento da esclerose múltipla, são utilizados corticosteroides, plasmaférese terapêutica, imunoglobulinas, imunossupressores orais e outros imunossupressores de alta complexidade.
Portanto, o tratamento visa:
O prognóstico da esclerose múltipla varia de acordo com a idade do paciente, a gravidade da doença e a resposta ao tratamento. Geralmente, quanto mais cedo o tratamento for iniciado, melhores serão as perspectivas de longo prazo.
Em resumo, compreender os sintomas, fatores de risco e buscar ajuda médica possibilitam diagnosticar a esclerose múltipla no início da doença, o que aumenta a chance de sucesso do tratamento e melhora a qualidade de vida do paciente.
Portanto, caso você ou alguém que conheça esteja apresentando sinais e sintomas que possam estar relacionados a esta doença, não hesite, procure atendimento especializado.