Quer entender de uma vez por todas como é feita a mamografia? Esse exame capta imagens da mama e permite identificar alterações sugestivas de um câncer na região, representando um primeiro passo em uma avaliação mais detalhada dos médicos. Assim sendo, respeitar as orientações sobre as indicações de quando fazer tal procedimento é indispensável na rotina de promoção da saúde da mulher.
O Instituto Nacional do Câncer (Inca) projeta que a cada ano do triênio 2023-2025, mais de 70 mil brasileiras serão diagnosticadas com um tumor na mama. Com isso, essa doença é a principal causa de morte por câncer entre as mulheres no país.
O que chamamos de câncer de mama engloba um conjunto heterogêneo de condições caracterizado, sobretudo, pela proliferação descontrolada de células em determinados tecidos mamários.
Embora haja outros sintomas, a presença de um ou mais nódulos costuma ser o sinal mais notável do desenvolvimento do tumor. No entanto, nem sempre essa alteração é perceptível com o toque nas mamas. No mais, quando isso acontece, pode ser que a doença já tenha avançado bastante, dificultando o sucesso do tratamento.
Nesse contexto é que a mamografia se mostra fundamental. Com o uso de raios-x (iguais àqueles utilizados em uma radiografia convencional), o mamógrafo captura imagens do tecido interno da mama. Se houver alterações suspeitas, elas podem aparecer nessa imagem mesmo que o nódulo ainda não seja palpável.
Para fazer uma mamografia, a mulher tem sua mama comprimida entre duas placas de acrílico, permitindo que o equipamento capte com maior uniformidade as imagens necessárias. Depois de coletadas, elas são avaliadas por um médico, que pode identificar assim eventuais anomalias naquela área.
No entanto, cabe ressaltar que a mamografia de forma isolada não é suficiente para confirmar ou descartar um diagnóstico de câncer de mama. Exames adicionais devem ser solicitados. Isso pode incluir outros tipos de avaliações por imagem (como ultrassonografias e ressonâncias magnéticas) e biópsias. Por meio dessa segunda opção, um fragmento do tecido da mama é removido e analisado em laboratório para identificar a natureza das células ali presentes.
A mamografia pode ser feita em dois momentos: quando a mulher tem um nódulo suspeito na mama ou durante iniciativas de rastreamento para identificar um câncer de mama antes mesmo que ele não apresente sintomas.
Quando a mulher está assintomática, médicos e pacientes devem seguir as orientações e diretrizes disponíveis sobre a idade ideal para incluir esse exame na rotina de avaliações de cuidado com a saúde.
Contudo, existem incertezas sobre tal recorte etário. Além disso, algumas mulheres podem receber recomendações específicas de acordo com uma série de condições (como histórico familiar da doença, predisposição genética ou hábitos de vida).
Seja como for, a idade de referência para as primeiras mamografias de rastreamento varia entre os 40 e 50 anos. Esse marco pode ser antecipado para a faixa dos 30 anos, principalmente se for identificado um alto risco de desenvolver um câncer de mama.
Na dúvida, converse com seu médico e discuta a necessidade e a conveniência de fazer o exame de acordo com sua situação. No fim, cabe ao profissional ponderar os benefícios e eventuais riscos do consequências do procedimento sobre a saúde da paciente para definir qual o momento certo.
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A mamografia é um exame não invasivo. Além disso, ele não exige grandes preparações prévias. A mulher não precisa manter jejum ou ficar internada, por exemplo. Ainda assim, alguns cuidados devem ser observados.
No dia do exame, a mulher deve lavar as mamas e as axilas apenas com água e sabonete, sem aplicar em seguida qualquer creme, perfume, desodorante ou talco. Vestir roupas em duas peças (calça e blusa) também facilita o procedimento. Se essa não for a primeira mamografia, pode ser importante levar consigo os exames anteriores.
Todo o processo de coleta das imagens demora entre 15 e 30 minutos. Pode haver algum desconforto durante a mamografia, já que as mamas precisam ser pressionadas pelo mamógrafo para que tudo saia como esperado.
Nesse sentido, mulheres nas semanas que antecedem a menstruação podem sentir mais dor, já que nesse período as mamas costumam estar inchadas e sensíveis. Programar a mamografia para que ela coincida com outro momento do ciclo menstrual costuma ser o suficiente para contornar o problema.
No mais, não há grandes restrições para a realização da mamografia: ela pode ser feita por mulheres menstruadas, com as mamas densas (ainda que isso possa exigir exames complementares) ou com próteses de silicone. Terminado o exame, a paciente pode ir para a casa sem precisar seguir qualquer recomendação específica.
Entender como é feita a mamografia não só reforça a sua importância para a saúde da mulher, como ajuda a desmistificar alguns aspectos que podem tornar o dia do exame desnecessariamente tenso. Lembre-se sempre que esse procedimento é indispensável e fundamental para identificar qualquer alteração suspeita o mais cedo possível.
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