08/01/2021

Como evitar a dengue? 4 dicas para prevenção

Prato preto de vaso de planta com água

Bastam as temperaturas começarem a subir, para os casos de dengue, proporcionalmente, aumentarem também. Isso ocorre porque as condições climáticas elevadas, somadas às chuvas recorrentes nessa época do ano, favorecem o desenvolvimento do agente principal da doença, o Aedes aegypti. Por isso, é fundamental saber como evitar a dengue e proteger sua saúde.

O Ministério da Saúde divulgou, pelo boletim epidemiológico, dados comparativos entre 2019 e 2020 apontando um aumento de 129% no número de casos e 226% de mortes a mais neste ano. Esses números reforçam a necessidade de mobilização de todos em prol da prevenção.

Para se ter uma ideia, só nas primeiras 14 semanas de 2020, foram registrados 525.381 casos prováveis de dengue e 181 mortes provocadas pela doença no país.

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Para saber como evitar a dengue, é preciso conhecer a doença

A dengue é uma doença viral transmitida por um mosquito conhecido como Aedes aegypti. Ele possui um tamanho pequeno, corpo marrom, com uma faixa curva branca em cada um dos lados do tórax, e suas patas apresentam listras brancas.

Vive entre 35 e 45 dias e todas as suas atividades como reprodução, postura de ovos e alimentação acontecem durante o dia, principalmente entre o início da manhã e o fim de tarde.

Vale alertar que, até o momento, foram registrados quatro tipos de dengue: DENV1, DENV2, DENV3 e DENV4. Isso significa que uma mesma pessoa pode contrair a doença até quatro vezes. Mas, segundo o Ministério da Saúde, “a infecção por um sorotipo gera imunidade permanente para ele”.

Isso significa que, se você já for infectado por um tipo de dengue, não corre o risco de ser contaminado pelo mesmo vírus novamente. E vale lembrar que, de acordo com informações médicas, as chances de se ter complicações em decorrência da doença, aumentam nos casos de reinfecção.

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A transmissão da dengue é feita pelo mosquito

A dengue possui um processo de transmissão por meio da picada do mosquito Aedes aegypti, mais especificamente pela fêmea, que precisa de sangue humano para a maturação dos ovos.

o há riscos de transmissão por contato direto entre as pessoas, nem de fontes de água ou alimento.

Uma das causas responsáveis pelo alto número de transmissões é o fato de o Aedes aegypti ser um mosquito doméstico, vivendo muito perto das pessoas.

Como prevenir a dengue

Cada um de nós tem a responsabilidade de atuar ativamente na prevenção da doença. E existem algumas ações que devem ser incorporadas na rotina de todos. Veja como evitar a dengue.

1. Eliminar os focos de água parada

A ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) estima que 15 minutos são o suficiente para fazer uma varredura eficiente nos ambientes da casa para eliminar qualquer foco de água parada — ambiente ideal e mais comum de desenvolvimento dos mosquitos. A seguir, confira algumas medidas que podem ser realizadas a qualquer momento.

Dentro de casas e apartamentos:

  • Tampe os tonéis e caixas d’água;
  • Mantenha as calhas sempre limpas;
  • Deixe garrafas sempre viradas com a boca para baixo;
  • Mantenha lixeiras bem tampadas;
  • Deixe ralos limpos e com aplicação de tela;
  • Limpe semanalmente ou preencha pratos de vasos de plantas com areia;
  • Limpe com escova ou bucha os potes de água para animais;
  • Retire água acumulada na área de serviço, atrás da máquina de lavar roupa.

Em áreas externas:

  • Cubra e realize manutenção periódica de áreas de piscinas e de hidromassagem;
  • Limpe ralos e canaletas externas;
  • Atenção com bromélia, babosa e outras plantas que podem acumular água;
  • Deixe lonas usadas para cobrir objetos bem esticadas, para evitar formação de poças d’água;
  • Verifique instalações de salão de festas, banheiros e copa.

2. Evite ser picado pelo mosquito

Essa recomendação pode até soar de forma estranha, mas existem, sim, maneiras de você evitar que o mosquito se aproxime. Confira algumas dicas de como fazer isso:

  • Coloque telas nas janelas e, se necessário, os popularmente conhecidos mosquiteiros nas camas e berços;
  • Use sempre um repelente, reforçando a aplicação principalmente nas áreas expostas do corpo, como braço, pernas e rosto;
  • Em caso de epidemia ou surto, opte por utilizar calças e blusas de mangas compridas;
  • Evite locais com grande concentração de mosquitos.

3. Tome a vacina da dengue

Já existe uma vacina para se proteger contra a dengue. Embora ela não seja disponibilizada pelo SUS (Sistema Único de Saúde), pode ser encontrada em clínicas particulares.

Vale alertar que existem algumas contra indicações quanto ao uso da vacina, então, a orientação é sempre se consultar com um médico antes da aplicação.

4. Fique sempre atento

Quando falamos em prevenir a dengue, não nos limitamos à nossa casa. É preciso ficar atento a qualquer lugar que estivermos. Principalmente por se tratar de uma transmissão feita por um mosquito que, no caso, possui mobilidade – pode voar de um lugar para outro.

Por isso, caso identifique locais com características de um potencial foco de dengue, entre em contato com as autoridades competentes para que as medidas necessárias sejam tomadas.

Exemplos de locais para estar de olho: terreno baldio com lixo acumulado e objetos com água parada, e os famosos ferros-velhos.

Para esses casos a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) disponibiliza o telefone 0800 642 9782 para contato. Ou você pode, ainda, ligar para prefeitura da sua cidade.

Sintomas mais comuns da dengue

A dengue pode ser uma doença assintomática (não apresentar sintomas), manifestar-se de forma leve ou mais grave, sendo que os sintomas mais comuns são:

  • Febre alta (39ºC a 40ºC);
  • Dor de cabeça;
  • Dores no corpo e articulações;
  • Dor atrás dos olhos;
  • Falta de apetite e perda de paladar;
  • Náuseas e vômitos;
  • Mal estar;
  • Manchas vermelhas no corpo.

Como é feito o tratamento da dengue

Não existe um tratamento específico para dengue. O que existem são medicamentos que diminuem os sintomas que a doença causa, sempre prescritos por um médico.

Porém, existe uma orientação de não utilizar medicamentos à base de ácido acetilsalicílico (Aspirina, Melhoral, AAS) e anti-inflamatórios, pois podem aumentar o risco de hemorragias.

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