A Organização Mundial de Saúde (OMS) classifica a obesidade infantil e sobrepeso na infância como um problema de escala global, já que a obesidade é um dos mais graves problemas de saúde que temos para enfrentar.
A Universidade Federal de São Paulo alerta para o cuidado com a obesidade, que já é considerada uma doença. É, portanto, por esse e outros fatores que 4 de março passou a ser lembrado como o Dia Mundial da Obesidade. O objetivo é promover e incentivar soluções práticas para ajudar as pessoas a alcançarem e manterem um peso saudável, realizarem tratamento adequado e reverterem a crise de obesidade.
Uma pessoa é considerada obesa quando o Índice de Massa Corporal (IMC) está acima de 30, de acordo com a OMS. O índice considerado normal, por sua vez, varia de 18,6 a 24,9. O IMC é resultado de um cálculo que considera peso, altura e idade. O Ministério da Saúde alerta que as taxas de obesidade quase triplicaram desde 1975 e aumentaram quase cinco vezes entre crianças e adolescentes.
É importante salientar que a obesidade é um dos principais fatores de risco para várias doenças não transmissíveis (DNTs), como diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares, hipertensão, acidente vascular cerebral e várias formas de câncer.
A Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica (ABESO) aponta que o Ministério da Saúde e a Organização Panamericana da Saúde destacam que 12,9% das crianças brasileiras, entre 5 e 9 anos de idade, têm obesidade, assim como 7% dos adolescentes na faixa etária de 12 a 17 anos.
Em 2021, o Governo Federal lançou uma campanha que destinaria R$ 90 milhões para fortalecer o cuidado e a nutrição das crianças brasileiras. Ainda no lançamento da campanha, foi assinada uma portaria que institui a Estratégia Nacional de Prevenção e Atenção à Obesidade Infantil (Proteja).
O objetivo dessa portaria é articular iniciativas nos estados, no Distrito Federal e nos municípios. Também foi assinada uma portaria que destina recursos a cidades de até 30 mil habitantes que registraram, em 2019, sobrepeso em mais de 15% das crianças menores de 10 anos.
Entretanto, é importante compreender que, dentro e fora da esfera governamental, é essencial estimular a alimentação saudável desde a infância, pois ajuda na construção de uma alimentação consciente, na prevenção e nos cuidados do excesso de peso.
No âmbito social, a escola também possui papel fundamental na construção de hábitos saudáveis desde a infância. É necessário ofertar alimentos saudáveis e atividades esportivas nas escolas e ainda criar ou revitalizar espaços para atividades físicas.
O Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (Enani) revelou que 7% das crianças brasileiras menores de cinco anos estão com excesso de peso e 3% estão obesas.
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Vale lembrar também que as consultas para acompanhamento do crescimento e exames de rotina auxiliam na prevenção da obesidade infantil, assim como de outras diversas doenças, que podem ser observadas mesmo antes do nascimento.
Ou seja, o acompanhamento visando a prevenção da obesidade infantil deve ser feitodesde o pré-natal, continuado durante a fase de amamentação ̅ grande aliada contra a obesidade –̅, inclusive na fase adulta, e mantido ao longo de toda a vida.
Enquanto a Covid-19 continua trazendo prejuízos à população mundial de forma direta, outra consequência, dessa vez indireta, tem sido notada, cada vez mais, nas crianças.
O manual elaborado pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) destaca alguns comportamentos do isolamento social, adotados na tentativa de barrar a transmissão do novo coronavírus, que resultam no ganho de peso nos pequenos – fator de risco importante para o desenvolvimento da obesidade.
A explicação é simples: a falta de gasto energético nas brincadeiras ao ar livre, na escola e também a suspensão dos exercícios físicos, associados ao maior tempo diante das telas, contribuíram para o problema. Na lista dos fatores de risco para a obesidade infantil entra também a má alimentação, ainda mais evidente durante os dias de isolamento.
Contudo, o ganho de peso é apenas a ponta do iceberg quando o assunto é a piora da saúde. Obesos e pacientes com sobrepeso correm mais risco de complicações ao contrair o novo coronavírus. Além disso, podem sofrer com síndromes metabólicas, diabetes, colesterol alto, gordura no fígado e até doença cardíaca precoce. Na criança, isso não é diferente.
O tratamento da obesidade infantil basicamente consiste em mudanças de conduta alimentar e física da criança. O tratamento da obesidade infantil não é uma tarefa fácil nem para os médicos, nem para a família, nem para as crianças, já que hoje em dia o tratamento se baseia na modificação dos estilos de vida, o que implica na alteração de seus hábitos alimentares e físicos.
Porém, o tratamento é gratificante, uma vez que a saúde está sendo promovida no dia a dia, o que gera conscientização é uma iniciativa de hábitos saudáveis.
É importante ressaltar ainda que são os pais que devem conduzir o tratamento da criança com obesidade, quando ela é menor de 5 anos de idade. Ou seja, responder pela criança em tudo que se refere à terapia. Dos 5 aos 9 anos, as crianças terão mais autonomia no tratamento, ainda que seja necessária a vigilância e a responsabilidade dos pais.
Entretanto, é importante saber que tratamento não se processa de igual maneira a todas as crianças. Deve-se considerar o caráter, a disposição, os interesses e as possibilidades de cada uma delas. Cada criança é um mundo diferente e de igual maneira temos que tratá-las.
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