Algumas crianças desenvolvem suas habilidades motoras, sensoriais, sociais, cognitivas e emocionais mais cedo, outras podem demorar um pouco mais. Por isso, nestes casos mais tardios, é comum que os pais se perguntem: como saber se meu filho tem autismo?
É certo que só um médico especializado pode fornecer um diagnóstico correto. No entanto, há alguns sinais que podem ser observados em crianças, principalmente a partir de 1 ano e meio, que justifiquem a busca por uma avaliação médica.
A princípio, é preciso entender o que é o autismo, pois se informar sobre o transtorno de forma aprofundada e com embasamento científico evita informações sensacionalistas, o que contribui para identificar os sinais com clareza.
De acordo com a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), o TEA é uma condição de saúde complexa caracterizada por distúrbios no neurodesenvolvimento. Ou seja, os indivíduos que com TEA têm comprometimento do comportamento social, na comunicação e na linguagem. Além disso, eles possuem interesses em atividades específicas com repetitividade de ações.
É a forma mais branda do transtorno, afetando, principalmente, as habilidades de interação social.
Crianças com esse diagnóstico possuem sintomas levemente mais graves do que a Síndrome de Asperger, porém mais leves do que os próximos tipos.
Este é o quadro mais característico, por isso, era usado para descrever tanto Asperger, quanto o transtorno invasivo. Nesse caso, os sintomas são mais graves do que nos tipos citados anteriormente.
Dentro do espectro do TEA, este é o tipo mais grave, pois há um comprometimento mais grave das habilidades sociais, de linguagem e cognitivas.
Apesar de haver essa diferença dentro do espectro, em geral, os sinais são semelhantes, o que varia é a intensidade deles.
Além dos diferentes tipos, há diferentes níveis de intensidade dos sinais. São eles:
É preciso reforçar que a intensidade dos sinais também pode variar para o mesmo indivíduo conforme a idade e o início das terapias.
De acordo com o CRAS (Centro de Referência em Atenção à Saúde), existem vários sinais. Por isso, na presença de um ou mais destes sinais na criança, procure uma avaliação médica adequada.
É preciso reforçar que nem toda criança terá vários sintomas ou que eles serão nítidos. Em alguns casos, a criança pode crescer e envelhecer sem saber que tem TEA e os familiares também nunca terem notado. Em outros, os sinais podem ser tão discretos que o diagnóstico ocorre somente na vida adulta.
Por isso, apenas um médico especialista é capaz de fornecer diagnóstico adequado para o TEA. Caso identifique algum comportamento fora do comum, como exemplificamos, acima, é importante observar os sinais com atenção para que, durante a consulta, o máximo de informações adequadas seja fornecida ao médico. Vale ressaltar, que o diagnóstico não se dá por um exame e sim por meio de observação de comportamentos e do desenvolvimento da criança.
No entanto, cada criança possui seus próprios aspectos motores, sensoriais, sociais, cognitivos e emocionais. Por isso, lembre-se de analisar os sinais de acordo com as fases de desenvolvimento infantil, mas respeite as individualidades.
O primeiro passo para conseguir ajudar a criança com autismo, é conhecer e se informar sobre a condição, pois a disseminação de informações falsas apenas contribui para o preconceito.
Por exemplo, a informação de que vacinas causam autismo é falsa. Não há nenhuma comprovação científica que relacione os dois. As causas do autismo ainda não estão esclarecidas, mas sabe-se que há relação genética.
Além disso, os pais têm a responsabilidade de:
Ou seja, é fato que cada criança se desenvolve de uma maneira e no seu tempo. Por isso, a atenção dos pais sobre os sinais de comportamento que sugerem o TEA é imprescindível para um diagnóstico precoce, uma vez que um diagnóstico adequado permite uma intervenção de tratamento mais cedo e com maiores chances de sucesso na melhora do desenvolvimento infantil.
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