Promover a saúde ocular infantil garante que crianças desde os primeiros meses de vida possam explorar o mundo e adquirir todas as informações visuais necessárias para seu desenvolvimento físico, psicológico e intelectual.
Dessa forma, pais e cuidadores devem estar atentos a uma série de cuidados que se colocados em prática de forma conjunta são capazes de contribuir com uma visão saudável durante toda a infância e, claro, pelo resto da vida.
Se para adultos o contato constante com a tela do computador, da televisão e do celular já é prejudicial, não é difícil imaginar que isso pode ser estendido também às crianças.
Logo, é preciso refletir quando e como os filhos estão interagindo com esses dispositivos. Com o tempo, o olhar fixo no que acontece nas telas aumenta a chance dos chamados problemas de refração (como a miopia, que gera dificuldade de ver de longe), entre outros desconfortos oculares.
Desse modo, a Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda que antes dos dois anos as crianças não utilizem esses equipamentos. À medida que a idade delas avança isso pode mudar, mas o tempo deve ser controlado sempre. Além disso, é preciso incentivar as crianças a desenvolverem outras atividades, sobretudo ao ar livre.
Olhos infantis devem ser protegidos de diversas formas. Portanto, é preciso resguardá-los da radiação solar. Como nem sempre é possível utilizar óculos com proteção ultravioleta em crianças muito pequenas, evitar expô-las diretamente ao Sol é importante.
Outro tipo de proteção importante é aquele que previne impactos e traumas nos olhos. Esses acidentes são uma causa comum de cegueira infantil.
Isso acontece principalmente em brincadeiras e atividades esportivas. Dessa forma, se for o caso, é preciso garantir que a criança utilize o utensílio de anteparo adequado, conforme a prática desenvolvida.
A saúde ocular infantil depende também da alimentação. Vários mecanismos de processamento da luz que chega até os olhos demandam alguns nutrientes específicos.
Ou seja, eventuais deficiências alimentares prejudicam esse sentido. Exemplo mais conhecido disso é a vitamina A. Em muitos casos, a falta dela gera cegueira noturna, que pode progredir para perda completa da visão.
Além disso, no longo prazo, uma dieta equilibrada é indispensável para prevenir condições crônicas, como diabetes e hipertensão arterial. Entre outras complicações, esses quadros também podem afetar os olhos.
Pode ser difícil, mas é sempre relevante orientar as crianças a não levarem nada aos olhos ou mesmo tocá-los com as mãos sujas.
Infecções que atingem partes diferentes do olho (como é o caso das conjuntivites, que podem ser causadas por fungos, bactérias e vírus, entre outros fatores) são comuns nessa fase da vida, então vale a pena reforçar tal cuidado.
Pais e cuidadores podem atuar juntos para agir e perceber que a criança tem dificuldade para enxergar. Entre sinais que merecem atenção estão:
Embora a escola costume ser o ambiente mais propício para isso, não é preciso esperar essa fase para notar possíveis alterações.
Exemplo disso é o teste fotográfico do olhinho: com uma simples foto com flash ele permite que os possíveis sinais de um retinoblastoma (câncer que afeta principalmente bebês) sejam identificados precocemente.
Não há idade mínima para recomendar óculos a crianças, mas pode ser complexo exigir delas o uso correto do acessório para corrigir algum problema de visão. Isso acontece sobretudo quando há graus elevados de erros de refração (miopia, hipermetropia, etc.).
De todo modo, escolher armações bem ajustadas ao rosto e com lentes que não ofereçam risco de quebrar (por isso o ideal é evitar aquelas feitas de vidro) são primeiros passos úteis na adaptação.
Se a criança já tem consciência que precisa de óculos, mas não gosta deles, os pais podem adotar, dentro do possível, estratégias lúdicas para reforçar o uso (por meio de brincadeiras, elogios e armações divertidas).
Veja também: 5 sinais de que está na hora de ir ao oftalmologista
As visitas constantes ao oftalmologista são essenciais para manter a visão das crianças em dia. Além de promover as avaliações necessárias e identificar possíveis problemas logo no começo, esse especialista pode fornecer orientações adicionais de como cuidar dos olhinhos dos pequenos.
Entretanto, como as crianças podem ter dificuldade em apresentar uma queixa oftalmológica, não é preciso esperar tal tipo de reclamação para procurar ajuda profissional.
Nos casos sem histórico anterior de alterações na visão, visitas a cada dois anos costumam ser o suficiente, embora tal intervalo possa ser mais curto em várias circunstâncias, contribuindo assim na preservação da saúde ocular infantil de forma efetiva.
Aproveite e veja agora outros riscos para a saúde do excesso de telas nas crianças.