Fertilidade é o nome dado à capacidade natural de uma pessoa se reproduzir. Para que uma mulher consiga engravidar, é preciso que ela e o seu parceiro sejam considerados férteis. E isso depende de alguns fatores dentro do organismo, como, por exemplo, órgãos do sistema reprodutor em boas condições. A fertilidade feminina também depende dos níveis hormonais, que devem estar em equilíbrio.
Para manter a fertilidade alta, no entanto, é preciso prestar atenção em questões que, apesar de não partirem do organismo, geram muito impacto nele. Se a mulher tem um estilo de vida saudável, com boa alimentação e com a saúde psicológica em dia, seu potencial reprodutivo pode aumentar.
Existem outros fatores, porém, que diminuem a fertilidade e, consequentemente, as chances de engravidar. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a infertilidade vem crescendo e se tornou um problema de saúde global. Ela afeta cerca de 186 milhões de pessoas no mundo todo, o que representa 15% da população total do planeta.
Para aumentar a fertilidade feminina, é preciso levar em consideração não apenas as questões envolvendo diretamente os aparelhos reprodutores, mas também os fatores psicológicos somados ao estilo de vida. É preciso que tudo esteja em equilíbrio para aumentar as chances de uma gravidez natural.
Veja alguns fatores que podem ajudar a aumentar a fertilidade feminina:
Entre os nutrientes que impactam de forma positiva a fertilidade feminina estão a vitamina B12, o ômega 3, o zinco e os alimentos com ácido fólico. Esses e outros nutrientes contribuem de diversas formas para a produção hormonal, o que favorece a liberação de óvulos viáveis.
O estresse prejudica a produção de hormônios e as funções ovarianas. Por isso, tentar controlar o estresse excessivo vai ajudar o desempenho reprodutivo. Comer bem, descansar, praticar atividades físicas, meditar, organizar o tempo, fazer terapia… tudo isso pode combater o estresse do dia a dia.
A má qualidade do sono está relacionada a inúmeros problemas de saúde e bem-estar de forma geral. E com a fertilidade não é diferente. A melatonina, conhecida como “hormônio do sono”, é uma das responsáveis por ajudar o corpo a realizar reparo do tecido ovariano, melhorando a qualidade dele e aumentando, assim, a fertilidade.
É provado que o excesso de peso tem influência na produção de hormônios e causa problemas na ovulação. Por isso, para aumentar a fertilidade, é importante tentar se manter dentro da faixa de IMC (Índice de Massa Corporal) normal, considerando seu peso e altura.
As ISTs, como gonorreia e clamídia, também são fatores que podem causar, entre outros problemas, a infertilidade. Por isso, a prevenção dessas doenças é fundamental. Isso é feito com o uso de preservativos nas relações sexuais.
Enquanto a fertilidade feminina se refere à capacidade de reprodução natural da mulher, a infertilidade é descrita como a dificuldade ou incapacidade de ter filhos de forma natural depois de um ano de tentativas, sem o uso de nenhum método anticoncepcional. Existem alguns motivos que podem impactar na fertilidade da mulher, eles vão desde questões genéticas até fatores relacionados ao estilo de vida.
Segundo a Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva (ASRM), as chances de mulheres que fumam sofrerem com a infertilidade são três vezes maiores quando comparadas com pessoas não fumantes. O motivo é porque os componentes da fumaça do cigarro (como nicotina, cianeto e monóxido de carbono) aceleram a taxa de perda dos óvulos, além de danificar o material genético nos óvulos. Então, para não correr o risco de diminuir a fertilidade, é importante parar de fumar.
Além do tabagismo, outros fatores também podem influenciar negativamente na fertilidade feminina, como:
O consumo de álcool afeta a metabolização dos hormônios pelo fígado, o que leva ao desequilíbrio dos níveis hormonais, diminuindo a fertilidade. O uso de drogas também prejudica as funções hormonais, podendo causar infertilidade e também disfunção sexual.
O excesso de gordura atrapalha tanto a produção quanto a metabolização do estrogênio, causando problemas na ovulação. De acordo com a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia, mulheres obesas têm três vezes mais chances de sofrer de infertilidade do que pacientes com IMC normal.
Comer somente alimentos pouco nutritivos pode gerar alterações fisiológicas nos ciclos menstruais, causando a infertilidade feminina.
Estudos apontam que situações de estresse podem causar prejuízos nas funções ovarianas e interferir na produção hormonal. O estresse também pode causar quadros de amenorreia (ausência de menstruação).
Este é o principal fator que causa a infertilidade nas mulheres. Isso porque, a partir dos 35 anos, a qualidade e a quantidade dos óvulos começam a diminuir, gerando a redução do desempenho reprodutivo. Mais adiante falaremos especificamente sobre os impactos da idade na fertilidade feminina.
Algumas doenças ligadas à infertilidade podem ser hereditárias, por isso, a dificuldade de engravidar pode ter a ver com fatores genéticos. Além disso, algumas condições e doenças também influenciam na fertilidade feminina, como: endometriose, síndrome dos ovários policísticos (SOP), doenças da tireoide, miomas uterinos, pólipos endometriais, algumas inflamações, falência ovariana prematura (FOP) e trombofilia.
Segundo a Associação Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA), cerca de 8 milhões de brasileiros sofrem com a infertilidade e a idade é um fator determinante para isso. Por que? Porque os óvulos das mulheres envelhecem ao longo da vida. Isso significa que, além da reserva ovariana diminuir, os óvulos vão perdendo a qualidade, tornando a possibilidade de engravidar cada vez mais difícil. E esses óvulos não se renovam, afinal, quando as mulheres nascem, já carregam dentro de si a quantidade de óvulos que serão liberados ao longo da vida. Por isso, quanto maior a idade da mulher, menor a quantidade de óvulos disponíveis e, consequentemente, menor a chance de engravidar.
Veja como funciona a fertilidade feminina por idade e os impactos na tentativa de engravidar:
Fase em que a mulher está super fértil! De acordo com pesquisas e médicos, dos 20 aos 30 anos é o melhor momento para engravidar, afinal, os óvulos são mais novos e o risco de uma gestação com complicações é pequeno.
Também é uma fase considerada ideal para engravidar, tanto para os médicos quanto para as mulheres, que se sentem mais preparadas. No entanto, é preciso lembrar que, a partir dos 35 anos, a quantidade de óvulos é bem menor, o que pode dificultar a gravidez.
Apesar dos avanços da medicina e das diversas soluções disponíveis para compensar o fator idade, quem deseja engravidar nessa fase precisa de cuidados redobrados. Além da pouca quantidade de óvulos, a gestação após os 40 é considerada de risco pois existe a chance de acontecerem problemas como: hipertensão, pré-eclâmpsia, risco de aborto, entre outros.
Outros fatores da idade que prejudicam a fertilidade são relacionados aos ciclos menstruais, que se tornam mais curtos e irregulares com o passar do tempo, e o fato do endométrio ficar mais fino, o que dificulta a implantação do embrião.
Conforme as mulheres envelhecem, a fertilidade vai ficando cada vez mais reduzida. Além disso, pode haver problemas relacionados a disfunções hormonais, predisposição genética e até questões relacionadas a fatores externos, como alimentação e estilo de vida, por exemplo.
Somente consultando um especialista é possível obter um diagnóstico preciso. Ele solicitará exames específicos para avaliar a capacidade reprodutiva. Veja os principais exames para medir a fertilidade feminina:
Existem alguns exames de sangue capazes de medir os níveis de hormônio, analisar a reserva ovariana e identificar alterações no sistema reprodutor da mulher. Eles têm objetivo de avaliar a produção dos hormônios relacionados ao ciclo menstrual e à ovulação. Os principais exames de dosagem hormonal são: FSH (hormônio folículo estimulante), LH (hormônio luteinizante), TSH (hormônio estimulante da tireoide), HAM (hormônio anti-mulleriano) Progesterona e Prolactina.
Esse procedimento, também conhecido como exame de toque vaginal, permite uma avaliação do colo do útero. É ideal para detectar alterações uterinas, como massas e cistos, que podem indicar a presença de endometriose e da doença inflamatória pélvica (DIP), doenças que podem causar infertilidade.
Este exame, muito pedido pelos ginecologistas, tem como objetivo analisar os órgãos e estruturas pélvicas, como canal vaginal, colo do útero, útero, endométrio, trompas de Falópio e os ovários da mulher. Dessa forma, é possível avaliar as condições do sistema reprodutor feminino e detectar possíveis anomalias.
A histerossalpingografia é um exame ginecológico que usa raio-x com contraste para identificar possíveis anomalias nas trompas de Falópio e no interior do útero. O procedimento é simples e geralmente, indicado para identificar diversas situações no organismo, entre elas, a fertilidade feminina.
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