O que causa constipação e quando se preocupar?

Intestino preso, prisão de ventre ou intestino ressecado. A maneira como nos referimos a constipação intestinal são muitas. Mas você sabe o que causa constipação?

A principal característica da constipação intestinal é a dificuldade frequente ou ocasional de eliminar as fezes.

Segundo a Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBCP), considera-se uma pessoa constipada quando:

• Há queixas de eliminação de fezes endurecidas;
• A regularidade de defecação é menor do que três vezes por semana;
• O paciente tem a impressão de esvaziamento incompleto do reto.

Ainda conforme a Sociedade Brasileira de Coloproctologia, a constipação é um sintoma e não uma doença.

Por isso, pode ser necessário uma investigação médica para descobrir se o sintoma não está relacionado com alguma outra manifestação clínica.

Contudo, na maior parte dos casos, a constipação intestinal não ocorre por um distúrbio de ordem física ou anatômica do trato intestinal.

Sinais e sintomas de constipação

A constipação intestinal pode ser classificada como aguda ou crônica.

A forma aguda é caracterizada pelo surgimento repentino e facilmente perceptível pelo paciente.

Já a constipação crônica começa de forma gradual, podendo durar meses ou mesmo anos.

Entre os sintomas da constipação intestinal, podemos citar:

• Dor ao evacuar;
• Desconforto e mal-estar;
• Inchaço do abdômen;
• Gases;
• Distúrbios digestivos.

O que pode causar constipação? Conheça 10 causas comuns

De acordo com um estudo publicado na revista espanhola Nutrición Clínica y Dietética Hospitalaria, a prevalência da constipação intestinal está associada às mulheres, à obesidade e ao consumo de carboidratos refinados.

Entre as principais causas da constipação intestinal podemos citar:

1. Baixo consumo de fibras;
2. Ingestão excessiva de proteína animal;
3. Alto consumo de alimentos industrializados;
4. Beber pouco líquido;
5. Não praticar exercícios físicos;
6. Fazer uso de laxantes rotineiramente;
7. Não atender a urgência de evacuar;
8. Estresse, ansiedade e depressão;
9. Efeito colateral de medicações;
10. Síndrome do intestino irritável.

Quando a constipação é preocupante?

Como já pontuamos anteriormente, a constipação pode estar associada a outras manifestações clínicas, como doenças de gravidade moderada.

É importante ficar atento quando a constipação intestinal estiver relacionada a outros fatores, como:

• Perda acentuada de peso;
• Falta de apetite;
• Cólicas intestinais;
• Sangue nas fezes;
• Vômito;
• Anemia;
• Massa palpável na região abdominal.

Nesses casos, é importante procurar acompanhamento médico para a execução de uma anamnese aprofundada e exame físico, bem como a realização de exames complementares.

Entre os exames complementares que podem ser solicitados pelo médico para realização do diagnóstico estão radiografias abdominais, tomografia computadorizada, colonoscopia, clister opaco e exames de sangue para avaliação do funcionamento da tireoide.

Apesar de ser menos comum, a constipação pode ter relação com doenças do cólon e reto, entre elas:

• Diverticulite;
• Câncer colorretal;
• Hemorroidas;
• Fissuras anais.

O papel da mudança de hábitos na constipação

Entre as complicações mais recorrentes da constipação intestinal está o fecaloma, uma massa compacta formada por fezes endurecidas que provoca obstrução intestinal.

A ocorrência do fecaloma costuma ser mais comum em pessoas com mobilidade reduzida, como cadeirantes e pessoas idosas acamadas.

Já que a constipação é um sintoma, o objetivo principal do tratamento médico deve ser sanar as causas do problema.

Para isso, a mudança de hábitos aliada a adoção de um estilo de vida mais saudável é extremamente benéfica para a grande maioria dos pacientes.

Um acompanhamento nutricional para a elaboração de uma dieta equilibrada trará benefícios significativos.

Procure incluir na sua rotina alimentar:

• Alimentos ricos em fibras, como legumes, verduras, frutas e cereais integrais;
• Alimentos com propriedades laxativas, a exemplo de ameixa e mamão;
• Sementes, mucilagens e farelos;
• A quantidade recomendada de água para seu peso corpóreo.

Evite o sedentarismo. Faça a prática de exercícios físicos estar presente na sua rotina ao menos três dias da semana.

A saúde mental também deve ser levada em conta. Controlar o estresse e a ansiedade podem ajudar na regularização do intestino.

Práticas de meditação, como o mindfulness, cuidar da rotina de sono, ter hobbies ou realizar atividades de lazer com a família e os amigos são algumas formas que podem auxiliar na diminuição do estresse e da ansiedade.

Caso note alguma mudança brusca na sua regularidade intestinal, sem que tenha mudado sua rotina alimentar ou esteja usando algum novo medicamento, procure auxílio médico.

Cuide da saúde do seu intestino e garanta mais qualidade de vida.

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