Em alguns casos, dores em diversas partes do corpo, principalmente nas articulações e nos tendões, podem ser sinais iniciais de uma doença chamada fibromialgia!
A característica dessa condição é a dor crônica que atinge várias partes do corpo por um período de pelo menos três meses e, apesar de ter ocorrência em diversas faixas etárias, tanto em homens quanto em mulheres, o principal público é composto por mulheres entre 35 a 50 anos.
Segundo estudos da Universidade Federal de Santa Catarina, a fibromialgia atinge de 2,5% a 4,4% da população no Brasil e é, depois da osteoartrose, a segunda maior doença reumatológica.
Vale dizer ainda que não se sabem as causas exatas de desenvolvimento da doença, e a percepção que se tem é de que ela surge como consequência de múltiplos fatores.
Ou seja, alguns aspectos como heranças genéticas, principalmente os parentes de primeiro grau, e transtornos psicológicos, como ansiedade e depressão, além dos traços de personalidade, como o perfeccionismo, contribuem para o surgimento da fibromialgia.
Ainda sobre a etiologia, é importante dizer que a Sociedade Brasileira de Reumatologia afirma que a fibromialgia não tem origem ocupacional comprovada e não costuma levar à incapacidade laborativa prolongada.
Para a Sociedade, na verdade, a manutenção do emprego promove mais impacto positivo do que negativo para a saúde.
Vamos ver mais informações sobre essa doença!
Para o diagnóstico de fibromialgia, os especialistas consideram um total de 18 pontos principais do corpo e só confirmam a doença quando a dor é detectada em pelo menos 11 deles no paciente.
Confira quais são esses pontos! Lembrando que eles são considerados sempre em pares, ou seja, do lado direito e do lado esquerdo:
Essa característica de atacar diversas regiões do corpo é o que causa a sensação de muita dor para quem sofre com a fibromialgia.
Além disso, como ela ataca principalmente as articulações, é ainda pior para quem depende de movimento no dia a dia ou de manusear objetos nas tarefas do trabalho ou em casa.
Além de dor crônica e intensa, a fibromialgia pode ainda vir acompanhada de sintomas secundários como:
Os tratamentos para fibromialgia têm sempre o objetivo de aliviar as dores, melhorar a qualidade do sono e restabelecer o bom estado psicológico, podendo ou não serem auxiliados por remédios (tratamento fármaco).
Este tipo de medicamento potencializa o efeito de analgésicos e ajuda a aumentar a duração do sono, o que também melhora as alterações de humor.
Esse tratamento é considerado coadjuvante e é utilizado com medicamentos comuns como o paracetamol ou a dipirona, que atuam principalmente na melhora da dor, no entanto, não reduzem os pontos de dor analisados no diagnóstico.
Alguns estudos como, por exemplo, o de George W. Waylonis, publicado na National Library of Medicine, comprovam que os sintomas têm uma melhora significativa com as terapias de acupuntura.
Exercícios aeróbicos sem carga como dança, natação ou hidroginástica também fazem parte do tratamento da fibromialgia e podem ajudar a reduzir as dores com o relaxamento e o fortalecimento muscular.
Essas atividades podem ter um início leve e ganhar mais intensidade e, se bem aplicadas, muitas vezes, acabam sendo o único tratamento terapêutico necessário.
Confira aqui a importância de fazer uma avaliação médica antes de iniciar os exercícios físicos corretamente.
Quase metade das pessoas que sofre de fibromialgia apresenta uma dificuldade na resposta dos tratamentos realizados, já que a doença persiste sintomática por longos períodos, o que demanda paciência e empenho do paciente e de familiares próximos.
Por isso, o suporte psicológico profissional tem uma atuação mais auxiliar a fim de melhorar o rendimento nos tratamentos clínicos.
Infelizmente, os surtos de fibromialgia são repentinos e não têm uma causa específica, no entanto, existem gatilhos potenciais que podem ser trabalhados depois de serem identificados em quem sofre com essa condição a fim de evitá-los ou para se adiantar, sabendo que eles acontecerão.
Alguns desses gatilhos são:
Muitas pessoas costumam ignorar a dor até que ela se torne insuportável e vão ao médico apenas quando a situação já está grave. Esse não é um cenário ideal para nenhuma dor, não só para os casos de desenvolvimento da fibromialgia.
Assim, é claro que, além de uma boa alimentação balanceada e a prática de exercícios físicos, uma das dicas é não esperar a dor se agravar, principalmente se for em um dos pontos de dor pré-estabelecidos.
Além disso, evite momentos e ambientes de estresse e aprenda a conviver com os possíveis surtos, pois, também como já foi falado, o estado psicológico conta muito na recuperação e diminuição das dores.
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