Apesar de ser uma doença antiga, o Brasil é o país com maior número de casos de tuberculose nas Américas. De acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), houve 78 mil casos novos apenas em 2022.
A tuberculose é uma doença infecciosa e transmissível causada por uma bactéria chamada Mycobacterium tuberculosis que afeta principalmente os pulmões (forma pulmonar). Mas, ela também pode afetar outras partes do corpo, como os rins, ossos e sistema nervoso central (forma extrapulmonar).
A tuberculose pulmonar ocorre quando a bactéria infecta os pulmões. Então, a transmissão ocorre por meio da inalação de gotículas respiratórias contaminadas, liberadas quando uma pessoa infectada tosse, espirra ou fala.
É preciso ressaltar que a tuberculose pulmonar é altamente contagiosa e pode ser transmitida de pessoa para pessoa. Por isso, ela é principal responsável pela cadeia de transmissão da doença.
Já a tuberculose extrapulmonar afeta outros órgãos além dos pulmões, como os rins, ossos, sistema nervoso e sistema linfático, por exemplo. Essa forma da doença ocorre quando a bactéria se dissemina a partir dos pulmões para outras partes do corpo.
Ela é tão grave quanto a forma pulmonar, pois pode gerar sequelas graves e levar até a óbito.
Por ser uma doença infecciosa que afeta principalmente os pulmões, a transmissão ocorre pela inalação de aerossóis produzidos quando uma pessoa com tuberculose ativa tosse, fala ou espirra. O Ministério da Saúde reforça que a doença não transmite por meio de objetos compartilhados.
De acordo com o Ministério da Saúde, as pessoas mais vulneráveis para a doença são aquelas:
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Enquanto a forma pulmonar causa sintomas bem característicos, a forma extrapulmonar vai se manifestar dependendo do órgão afetado. Por exemplo, na extrapulmonar pode haver: dor nos ossos ou articulações, inchaço dos gânglios linfáticos, dor de cabeça intensa, confusão mental, entre outros.
De acordo com o Ministério da Saúde, os sintomas gerais da forma pulmonar são:
Além disso, qualquer pessoa com sintomas respiratórios de tosse há mais de três semanas precisa de investigação para tuberculose.
A vacina BCG (Bacillus Calmette-Guérin) é eficaz na prevenção da forma mais grave da tuberculose em crianças, como a meningite tuberculosa. Por isso, ela deve ser administrada em crianças no máximo até os quatro anos, 11 meses e 29 dias.
A baixa cobertura vacinal que tem ocorrido desde 2019 é uma das principais causas do alto número de casos e da maior mortalidade da doença.
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Conforme dito, a tuberculose é transmitida através do ar quando uma pessoa infectada tosse, espirra ou fala. Portanto, é fundamental evitar o contato próximo com pessoas que tenham tuberculose ativa.
A ventilação adequada nos ambientes reduz a concentração de partículas contaminadas no ar. Então, mantenha janelas abertas e utilize exaustores em locais fechados.
Lave as mãos sempre com água e sabão ou use álcool em gel, principalmente após tossir, espirrar ou tocar em objetos compartilhados. Além disso, ao tossir ou espirrar, cubra a boca e o nariz com um lenço descartável ou com o antebraço.
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O diagnóstico da doença segue um protocolo que inclui diagnóstico clínico, diferencial, bacteriológico, imagem, histopatológico e outros testes diagnósticos. Por exemplo, para o diagnóstico laboratorial da tuberculose são utilizados os seguintes exames:
Felizmente, a tuberculose tem cura, mas o tratamento da doença é longo e dura entre seis meses e um ano. Ele é feito à base de antibióticos e tem várias fases, o que exige visitas frequentes às unidades de saúde. Por isso, a adesão ao tratamento é uma das principais dificuldades.
É preciso reforçar que o tratamento correto é fundamental para a cura, mas não impede novas infecções. Além disso, após 15 dias do início do tratamento, o risco de transmissão é bastante reduzido.
Mas, mesmo com o desaparecimento dos sintomas, é necessário seguir o tratamento até o final, poisnterromper o tratamento prematuramente pode levar ao desenvolvimento de cepas resistentes de bactérias, dificultando o controle da doença.
Devido à alta taxa de transmissão, o diagnóstico e o início do tratamento precoce são primordiais para evitar a disseminação da doença.
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