A dor na mama, também conhecida como mastalgia, é uma condição relativamente comum entre as mulheres, apesar de nem sempre ter suas causas conhecidas. De acordo com a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), as dores mamárias afetam cerca de 70% das mulheres de todas as idades e, na maioria dos casos, elas não indicam algo grave.
No entanto, além de prejudicarem o bem-estar e a qualidade de vida, há alguns casos que podem ser um sinal de alerta. Por isso, quando os sintomas forem persistentes ou muito severos, a primeira atitude a ser tomada é a busca por um médico, que avaliará o quadro e indicará o tratamento mais adequado para aliviar a dor.
Existem três definições de dores mamárias e cada uma delas está ligada a algum motivo, que pode ou não ter a ver com o funcionamento natural do organismo. Os tipos de mastalgia possuem características distintas. Veja quais são suas três definições:
Dor que normalmente ocorre durante o período menstrual. Geralmente sua duração é de acordo com a menstruação, mas pode acontecer antes, no período de Tensão Pré-menstrual (TPM).
São as dores que não estão relacionadas ao ciclo menstrual e, geralmente, são constantes ou intermitentes. Esse tipo de mastalgia é mais comum durante a menopausa, podendo estar relacionado também a quadros de inflamação das mamas, traumas, cisto mamário ou à gravidez.
Nesse caso, a dor pode ter relação com algumas doenças como artrite, fibromialgia, nevralgia intercostal, contratura muscular, entre outras. Quando há dor com origem na parede torácica, muitas mulheres relatam que também sentem dor na mama.
Durante o início da puberdade, que normalmente acontece entre os 10 e 14 anos, é comum que meninas apresentem dor ou desconforto nas mamas. Isso acontece porque é nessa fase que os hormônios responsáveis pelo crescimento do tecido mamário começam a surgir. Esse crescimento dos seios acaba esticando a pele, causando uma maior sensibilidade nessa parte do corpo.
É comum algumas mulheres apresentarem dor na mama antes e durante o período menstrual. Isso acontece porque as mamas possuem receptores para hormônios femininos, ou seja, devido às alterações hormonais. Apesar de ser incômodo, não é motivo para preocupação. Nessa fase, os seios e mamilos ficam mais sensíveis e inchados, mas os sintomas tendem a melhorar após o fim da TPM ou da menstruação.
Durante o início da menopausa, os níveis dos hormônios progesterona e estrogênio costumam variar. Isso faz com que as mamas fiquem mais sensíveis e, por vezes, mais doloridas. Esses sintomas costumam desaparecer ou reduzir conforme a mulher entra definitivamente na menopausa.
No começo e no final da gestação, os seios podem ficar sensíveis e gerar dores nas mamas. Isso acontece por motivos que vão desde o crescimento das glândulas mamárias até a ação dos hormônios responsáveis pela produção de leite. Durante a amamentação, a possibilidade de ter dores aumenta, pois as mamas ficam cheias de leite, o que as deixa doloridas. Nesse período, os mamilos também podem ser afetados com dores, rachaduras e sangramentos.
Alguns remédios têm como efeito colateral a dor nas mamas. Caso a dor seja muito intensa, é necessário informar o médico que prescreveu o medicamento para realizar possíveis alterações. O mesmo vale para as pílulas anticoncepcionais, que também podem causar sensibilidade e dor mamária (geralmente nas duas mamas) a princípio. Caso a dor seja persistente, o médico também deve ser procurado para avaliar o quadro e, se necessário, mudar de medicamento.
Apesar de, na maioria dos casos, não apresentarem sintomas, os cistos mamários podem causar dor e sensação de peso nas mamas. Essa condição é conhecida como seios fibrocísticos e tem como característica o tecido mamário irregular e o surgimento de nódulos que aparecem e desaparecem sozinhos.
Os tipos de dores na mama são definidos conforme a intensidade e os sintomas. Nos casos mais leves, quando a dor é passageira e não há interferência na vida da mulher, nem sempre a consulta médica se faz necessária. Porém, se a dor for persistente e severa por mais de 10 dias, é altamente recomendado a busca por um médico especializado. A dor mamária severa pode se estender para a axila e braço, o que pode atrapalhar muito o dia a dia.
Ao consultar um especialista, possivelmente alguns exames (como a mamografia e a ultrassonografia) serão solicitados para, dessa forma, se obter um diagnóstico correto. Após o diagnóstico, se necessário, é preciso iniciar um tratamento adequado para aliviar a dor. Nesse caso, o médico pode indicar tratamentos de fisioterapia e acupuntura para amenizar a dor, ou ainda anti-inflamatórios não-hormonais. Além disso, ele pode pedir que o uso de pílulas contraceptivas e tratamentos hormonais sejam interrompidos.
No caso de mastalgia leve, o médico deve ser procurado caso existam alguns sintomas além da dor, como: pus na mama, vermelhidão, febre, secreção com ou sem sangue no mamilo, surgimento de um caroço no seio.
A dor mamária geralmente está presente em algum grau do câncer de mama inflamatório, que também apresenta outros sintomas diferentes. Entretanto, de acordo com a National Breast Cancer Foundation, a dor nas mamas não é um sintoma comum de câncer.
Porém, caso essa dor seja persistente e venha acompanhada de outros sintomas, é preciso prestar atenção em alguns sinais de alerta. Veja os principais sintomas do câncer de mama:
Lembramos que consultar um médico periodicamente e adotar hábitos saudáveis é fundamental para prevenir ou reduzir os fatores de risco de câncer de mama. E mesmo que a dor na mama não venha acompanhada dos sintomas citados acima, a consulta com um especialista é importante para que a dor seja avaliada e tratada, devolvendo mais qualidade de vida para a mulher.
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