Em inúmeras situações hospitalares, como cirurgias, a transfusão de sangue é um recurso essencial, que faz a diferença entre a vida e a morte. Não há entre os recursos de saúde qualquer substituto para o sangue.
Isso porque a perda excessiva de sangue compromete as próprias condições necessárias para a vida. É por meio do sangue que é realizada a comunicação entre os diversos órgãos do corpo humano. Ele transporta nutrientes, realiza as trocas gasosas da respiração e atua na defesa do organismo contra microrganismos invasores e doenças.
Por isso, é tão recorrente vermos na televisão, internet e outros meios de comunicação campanhas que incentivam a doação de sangue. Ao remover uma quantidade reduzida de sangue, o organismo é capaz de renovar a produção desse líquido em um curto espaço de tempo. Portanto, a doação é totalmente segura. E o melhor: apenas um doador pode beneficiar até quatro pessoas por vez.
A maioria das pessoas saudáveis pode doar sangue e, com esse gesto simples, contribuir para a saúde de todo o país. Confira, a seguir, algumas informações importantes sobre quem pode doar sangue.
Para doar sangue, basta estar em boas condições de saúde, pesar mais de 49 quilos e ter entre 16 e 69 anos, desde que a primeira doação tenha sido feita até 60 anos. Menores de 18 anos, é necessário ver os documentos necessários e formulário de autorização disponiveis no site da ProSangue.
No dia da doação, é importante estar bem alimentado, mas não devem ser ingeridos alimentos gordurosos nas 4 horas que antecedem a doação. Também é necessário ter dormido pelo menos seis horas nas 24 horas anteriores.
Homens podem fazer até quatro doações por ano, desde que respeitem o intervalo mínimo de dois meses entre cada doação. No caso das mulheres, o limite é de três por ano, com intervalo mínimo de três meses. Respeitar esses intervalos é necessário para dar tempo ao corpo para reestabelecer seus níveis normais de sangue.
É importante entender que as pessoas que recebem transfusão de sangue se encontram em uma situação frágil de saúde, sendo fundamental garantir a segurança de tudo que é utilizado em seus organismos. No caso do sangue, trata-se de um material biológico, que está sujeito a apresentar alguns tipos de contaminação que poderiam agravar o quadro dos pacientes.
Por isso, o Ministério da Saúde estabelece critérios rígidos para a seleção do sangue que pode ou não ser doado. Todo sangue doado é, antes de usado, testado para inúmeras doenças. No entanto, existe em medicina uma situação chamada de “janela imunológica”, que é o intervalo entre ter contato com um agente infeccioso e de fato desenvolver a doença, de modo que ela seja detectável nos exames laboratoriais.
Desse modo, antes da doação e da testagem do sangue, o doador passa por uma entrevista com um profissional de saúde, que fará perguntas sobre comportamento e até situações íntimas. O objetivo é aumentar a segurança, reduzindo os riscos.
Algumas situações podem impedir permanentemente que uma pessoa doe sangue. Veja se alguma delas se aplica ao seu caso:
Em outros casos, a pessoa não pode doar sangue em um momento específico, mas pode (e deve) retornar depois de algum tempo para fazer a doação. Confira.
A retirada de sangue pode alterar um pouco o volume a pressão sanguínea. Por isso, algumas pessoas podem se sentir mal, ter tontura, desmaio, náuseas, vômitos, hematoma ou dor no local da retirada do sangue. Dessa forma, é importante seguir algumas recomendações:
Apesar da doação de sangue ser um gesto simples, gratuito e seguro, o Brasil enfrenta frequentemente o desafio de manter os estoques de sangue em níveis seguros para o atendimento adequado aos hospitais.
Os locais responsáveis por recolher e tratar o sangue doado são os hemocentros – ou, como são mais popularmente conhecidos, bancos de sangue. Todos os anos, o mês de junho é o mais desafiador, pois as férias escolares, o frio e a maior incidência de infecções respiratórias reduzem a atuação dos doadores.
Para reverter essa situação, foi criado o movimento Junho Vermelho, que incentiva e mostra a importância da doação de sangue. Atualmente, ele é ainda mais necessário, uma vez que, com a pandemia, veio também o receio das pessoas de se contaminarem pelo novo coronavírus, reduzindo ainda mais a disponibilidade de sangue em todo o país. Os hemocentros são espaços de saúde, que atendem critérios rígidos de higiene e reforçaram os protocolos para garantir a segurança dos doadores.
Você sabia que existem diferentes tipos sanguíneos? E que eles são distribuídos uniformemente entre a população? Uma pessoa pode ter o sangue O, A, B ou AB. Além disso, pode ter o fator Rh positivo ou negativo. Os tipos mais comuns são os sangues A e O.
Tudo isso é importante porque o sangue do doador deve ser compatível com o sangue do receptor:
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