A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível (IST) causada pela bactéria Treponema pallidum. Embora seja uma doença evitável e tratável, ela ainda é um problema de saúde significativo em muitas partes do mundo. Continue a leitura, pois neste artigo exploraremos o que é sífilis, seus sintomas, causas, métodos de diagnóstico e opções de tratamento.
A sífilis é uma doença infecciosa causada pela bactéria Treponema pallidum, transmitida principalmente através de contato sexual desprotegido com uma pessoa infectada. Mas, a transmissão também ocorre da mãe para o feto durante a gravidez (sífilis congênita) ou através do contato direto com feridas abertas de um indivíduo infectado.
A sífilis congênita ocorre quando a doença passa da mãe infectada para o feto durante a gravidez ou parto. Isso pode resultar em uma série de complicações graves para o bebê, por exemplo:
É importante reforçar que a sífilis congênita nem sempre tem sintomas nos primeiros meses, portanto os exames são cruciais para a saúde do bebê. Além disso, outro ponto importante é que a mãe com sífilis pode amamentar a criança, desde que não haja lesões nas mamas. Se houver, é preciso interromper a amamentação temporariamente até a cicatrização das lesões. Em todo caso, recomenda-se testar e tratar a criança com antibióticos, bem como descartar todo leite extraído dos seios.
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A prevenção da sífilis congênita é fundamental e pode ser alcançada através do rastreamento pré-natal adequado, tratamento eficaz da mãe durante a gravidez e acompanhamento médico adequado. O diagnóstico e tratamento precoces são cruciais para reduzir o risco de complicações decorrentes dessa forma de transmissão da sífilis.
A doença tem várias fases e pode apresentar uma ampla gama de sintomas, o que a torna importante de ser reconhecida e tratada adequadamente.
Os sinais e sintomas da sífilis variam de acordo com cada estágio da doença, se dividindo em:
Aparece como uma ferida indolor na área genital, retal ou oral, pois depende do local de entrada da bactéria.
Ela aparece entre 10 e 90 dias após o contágio e é uma ferida rica em bactérias. Ela é indolor, mas também não coça, não arde, não tem pus e pode estar acompanhada de ínguas (caroços) na virilha.
A ferida desaparece em algumas semanas, mas a infecção continua a se desenvolver.
Caracterizada por erupções cutâneas, principalmente nas palmas das mãos e nas solas dos pés entre seis semanas e seis meses após o aparecimento da ferida inicial. Outros sintomas da sífilis podem incluir febre, mal-estar e dor nas articulações, bem como um maior número de ínguas espalhadas pelo corpo.
Assim como na primária, as feridas e manchas também desaparecem com o tempo, trazendo uma falsa percepção de cura.
Esse tipo ocorre quando a infecção continua, mas não há sintomas visíveis. Sua duração é variável indo desde latente recente (menos de um ano de infecção), até latente tardia (mais de um ano após a infecção).
A latência pode ser interrompida pelo surgimento de feridas secundárias ou terciárias.
Pode causar danos graves aos órgãos internos, incluindo o coração, cérebro e nervos, por exemplo. Essa fase pode surgir entre um ano e até 40 anos após a infecção.
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De acordo com o Ministério da Saúde, o diagnóstico precoce é essencial para o tratamento eficaz da sífilis. No sistema público de saúde, há testes rápidos, práticos e de fácil execução com resultado em, no máximo, 30 minutos.
Além disso, os médicos podem realizar testes de sangue específicos que detectam a presença de anticorpos ou material genético da bactéria, além de exame de líquido das lesões.
No caso de teste positivo para gestantes, devido ao risco de transmissão ao feto, o tratamento pode ser iniciado apenas com um exame positivo.
Por isso, ao notar os sintomas da sífilis, busque atendimento médico o quanto antes para um diagnóstico e tratamento precoces.
A boa notícia é que a sífilis é tratável e, com o diagnóstico precoce, tem cura através do uso de antibióticos, portanto, tenha atenção aos sintomas. A penicilina é o tratamento mais comum e eficaz para todas as fases da sífilis, mas a dose e a duração do tratamento variam dependendo do estágio da infecção e de outros fatores individuais.
É fundamental lembrar que, além do tratamento médico, a prevenção é crucial para evitar a disseminação da sífilis. O uso consistente de preservativos durante as relações sexuais é uma medida essencial para prevenir a infecção. Portanto, caso você tenha tido contato sexual desprotegido ou suspeite de estar infectado, é aconselhável procurar um profissional de saúde para avaliação e orientação.
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