Segundo a Administração de Alimentos e Drogas dos EUA (FDA – tradução livre), os suplementos nutricionais (ou suplementos alimentares, como também são chamados) são produtos destinados a suprir a deficiência de macro e micronutrientes. No entanto, é preciso cuidado ao suplementar, pois a suplementação inadequada pode gerar riscos à saúde.
Os suplementos nutricionais são produtos que devem fornecer nutrientes, substâncias bioativas, enzimas ou probióticos a fim de complementar a ingestão alimentar em caso de insuficiência em uma dieta tradicional. Eles são regulamentados pela ANVISA desde 2018, garantindo o acesso da população a suplementos seguros e eficazes.
Segundo o Ministério da Saúde, para que sejam considerados suplementos nutricionais, os produtos devem conter no mínimo 25% e no máximo 100% dos nutrientes que devem ser ingeridos dentro de uma dieta diária recomendada, não podendo substituir alimentos e nem uma refeição completa.
Com relação à apresentação, os suplementos nutricionais podem ser apresentados de diversas formas, como comprimidos, pastilhas, gomas, líquidos e pós. Eles também podem ser apresentados em formas de chás, barras, iogurtes e outros, no entanto, nesses casos, os produtos devem apresentar no rótulo a informação “SUPLEMENTAÇÃO DIETÉTICA/NUTRICIONAL”, pois não podem ser confundidos com itens de refeição única.
É importante ressaltar que alguns suplementos podem apresentar riscos à saúde se:
O Escritório de Suplementos Dietéticos do Instituto Nacional de Saúde (NIH) reforça alguns exemplos de riscos associados ao uso indiscriminado de suplementos nutricionais:
Atenção: muitos suplementos não possuem eficácia comprovada para crianças, gestantes e lactantes, portanto, não suplemente sem indicação médica ou de um nutricionista especializado.
A ANVISA reforça que os suplementos não são medicamentos, e, portanto, não devem ser utilizados com finalidade terapêutica, mas sim com o objetivo de complementar a alimentação.
Quando indicados, os suplementos nutricionais visam auxiliar na obtenção de quantidades adequadas de nutrientes. É importante ressaltar que a suplementação não pode substituir as refeições e nem o consumo de alimentos in natura. A recomendação é sempre ingerir alimentos saudáveis, naturais e que sejam nutritivos em primeiro lugar.
O NIH (National Institutes of Health) exemplifica algumas situações em que a suplementação nutricional melhora a saúde geral:
Apesar do potencial benefício, a ANVISA reforça que os produtos comercializados não podem apresentar indicação de prevenção, cura ou tratamento de doenças. Por isso, a utilização de suplementos alimentares ou nutricionais deve seguir indicação médica.
É comum encontrarmos os termos complemento nutricional e suplemento nutricional. O termo suplemento normalmente é utilizado para a reposição de todos os nutrientes necessários para um bom funcionamento do organismo. Já o termo complemento, normalmente refere-se ao uso de um nutriente específico, como é o caso da indicação de ingestão extra de ferro em pessoas com quadros de anemia.
Apesar dessa diferença na terminologia, no dia a dia é comum a utilização dos termos como sinônimos. O importante é a recomendação médica específica que leva em consideração as necessidades nutricionais de cada paciente.
Apesar das diversas opções no mercado e a facilidade em adquirir os suplementos nutricionais, eles só devem ser utilizados em caso de indicação médica para suprir uma deficiência.
A suplementação nutricional é essencial para um bom prognóstico clínico pois, auxilia na recuperação mais rápida e eficiente em condições clínicas, como câncer, sarcopenia, osteoartrite e outras.
É importante saber que na alimentação os nutrientes são mais bem absorvidos e não representam riscos à saúde, como pode ocorrer na suplementação. Além disso, a suplementação nutricional não é indicada como rotina para a população, apenas em caso de deficiência nutricional.
É natural que com o envelhecimento haja maior necessidade de algumas vitaminas e minerais. Isso ocorre porque com o avanço da idade é comum que haja maior dificuldade alimentar, com problemas na mastigação e absorção de determinados nutrientes.
Por isso, em alguns casos, pode haver a indicação médica de suplementação a fim de evitar quadros de desnutrição em idosos, já que eles fazem parte do grupo de risco para esse problema.
Os suplementos mais comumente prescritos para indivíduos acima de 50 anos, segundo o NIH, são:
Somente faça suplementação nutricional com indicação médica ou de um nutricionista.
Para saber se o produto é um suplemento nutricional, na embalagem deverá estar indicado “Suplemento Alimentar” seguido de informações sobre a forma farmacêutica e forma de apresentação do produto. Exemplo: “Suplemento Alimentar de licopeno em cápsula”.
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