Provavelmente, você conhece ou já conheceu alguém com diabetes. De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes, existem, atualmente, no Brasil, mais de 13 milhões de pessoas vivendo com essa doença e o número está crescendo. Mas você sabe o que é diabetes? Sabia que existem vários tipos de diabetes? Conhece os sintomas? Neste Dia Mundial do Diabetes, comemorado em 14 de novembro, queremos ajudar você a entender tudo sobre o assunto. Confira!
O que é diabetes?
A diabetes é uma doença metabólica crônica caracterizada por níveis altos de glicose no sangue. De acordo com a Diabetes Research Institute, ela se desenvolve quando o corpo não consegue produzir ou usar de forma eficaz a sua própria insulina, hormônio que regula a glicose no sangue.
A glicose é vital para a saúde porque é uma importante fonte de energia para as células que constituem os músculos e tecidos. Mas, em excesso, pode prejudicar o funcionamento de vários órgãos, vasos sanguíneos e nervos.
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Tipos de diabetes
Existem alguns tipos de diabetes. Explicamos, a seguir, os mais comuns.
Diabetes tipo 1
Cerca de 5% das pessoas com diabetes têm diabetes tipo 1. Ela também é chamada de diabetes juvenil, pois geralmente se desenvolve em crianças e adolescentes. Mas também pode ser diagnosticada em adultos.
No caso de diabetes tipo 1, o sistema imunológico do corpo ataca células produtoras de insulina no pâncreas. Dessa forma, o corpo não produz insulina suficiente e a glicose fica acumulada no sangue.
Causa: ainda não se sabe o que desencadeia esse ataque imunológico e processo autoimune.
Tratamento: exige o uso diário de insulina, medicamentos, planejamento alimentar e prática de atividades físicas, que ajudam a controlar o nível de glicose no sangue.
Diabetes tipo 2
Essa é a forma mais comum de diabetes e, geralmente, se desenvolve após os 35 anos, de acordo com a Diabetes Research Institute. Mas o número de mais jovens com essa doença tem aumentado. Nesse tipo de diabetes, o organismo não consegue usar adequadamente a insulina que produz ou não produz insulina suficiente para controlar a taxa de glicemia.
Fatores de risco: sobrepeso, sedentarismo, triglicerídeos elevados, hipertensão e hábitos alimentares inadequados. Também pode ter fator hereditário.
Tratamento: dieta, exercícios e perda de peso. Em alguns casos, são necessárias injeções de insulina e outros medicamentos.
Diabetes gestacional
Esse tipo de diabetes afeta entre 2 e 4% de todas as gestantes, de acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes. É uma condição temporária durante a gravidez quando as taxas de açúcar no sangue ficam acima do normal, mas ainda abaixo do valor para ser classificada como diabetes tipo 2. Ter diabetes gestacional é um importante fator de risco para, depois, desenvolver diabetes tipo 2.
Durante a gravidez, a mulher gestante pode ter resistência à insulina, pois hormônios produzidos pela placenta bloqueiam ou reduzem a ação da insulina. Consequentemente, o pâncreas aumenta a produção de insulina para compensar essa situação. Mas, em algumas mulheres, esse processo não ocorre e elas desenvolvem diabetes gestacional.
Fatores de risco: idade materna avançada, ganho de peso excessivo na gestação, sobrepeso, obesidade, síndrome dos ovários policísticos, história prévia de bebês grandes, história familiar de diabetes, hipertensão arterial na gestação e gestação de gêmeos.
Tratamento: o controle do diabetes gestacional é feito, na maioria das vezes, com a orientação nutricional adequada e prática de atividade física. Em alguns casos, pode ser necessário o uso de insulina.
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Sintomas de diabetes
Os sintomas podem variar de acordo com quanto de açúcar no sangue está elevado. Entenda alguns dos sinais e sintomas mais comuns de diabetes tipo 1 e tipo 2:
- Sede constante;
- Vontade frequente de urinar;
- Fome frequente;
- Fadiga;
- Perda de peso;
- Irritabilidade;
- Visão embaçada;
- Feridas de cicatrização lenta;
- Náusea.
Geralmente, nos casos de diabetes tipo 1, os sintomas aparecem mais rápido e de forma mais expressiva. No caso de diabetes tipo 2, os sintomas podem não ser perceptíveis.
Já no caso de diabetes gestacional, não é comum a presença de sintomas.
Se notar os sintomas descritos acima, marque uma consulta médica e realize os exames recomendados pelo profissional de saúde.
Como saber se tenho diabetes?
Um simples exame de sangue pode mostrar se você tem diabetes. Qualquer médico pode solicitar o teste que mede a taxa de glicemia para diagnosticar uma pessoa com diabetes. Em geral, os clínicos gerais, endocrinologistas e geriatras são os médicos mais envolvidos no diagnóstico e acompanhamento de casos de diabetes.
Muitas vezes, as pessoas com diabetes só descobrem a condição quando as complicações da doença aparecem. Por isso, é importante sempre manter o check-up em dia e fazer a medida de glicemia.
No caso das gestantes, recomenda-se que todas façam exames a partir da 24ª semana de gravidez para saber como está a glicose.
Diabetes é grave?
Se não controlado, o diabetes pode causar vários problemas de saúde graves e levar até à morte. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, diabetes é uma das principais causas de cegueira, insuficiência renal, ataques cardíacos, derrame e amputação de membros inferiores. Em 2016, cerca de 1,6 milhão de mortes foram causadas diretamente pela diabetes. Por isso, é importante buscar a prevenção e, se não for possível prevenir, realizar o controle adequado da doença.
No caso de diabetes gestacional, essa condição pode provocar problemas no feto, como crescimento excessivo, partos traumáticos, hipoglicemia neonatal e obesidade e diabetes na vida adulta. Mas com o controle da condição, é possível ter uma gravidez e um bebê saudáveis.
Como evitar diabetes?
Adotar um estilo de vida saudável é muito importante para prevenir a diabetes, principalmente do tipo 2, que é o mais comum. Assim sendo, confira algumas dicas para reduzir seu risco de desenvolver essa doença:
- Pratique atividade física regularmente;
- Inclua fibras na sua alimentação;
- Coma diariamente verduras, legumes e frutas;
- Controle seu peso;
- Evite alimentos e bebidas com muito açúcar e sódio;
- Pare de fumar.
Redobre os cuidados se estiver acima do peso e tiver histórico familiar da doença! Não se esqueça: sua saúde é importante e você precisa se cuidar para viver mais e melhor.