Saiba quais são as vacinas para prematuros

Bebê prematuro sendo vacinado

É normal que mães e pais de bebês nascidos prematuramente tenham muitas dúvidas relativas aos cuidados de saúde específicos. As vacinas para prematuros estão entre os temas que costumam gerar incertezas por parte dos responsáveis pela criança.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), são considerados prematuros os bebês nascidos com menos de trinta e sete semanas de idade gestacional.

As estimativas apontam que anualmente, em todo mundo, 15 milhões de crianças nascem prematuramente.

Segundo dados do Ministério da Saúde, no Brasil, 340 mil bebês nascem antes de completar 37 semanas de gestação todos os anos. Esse número equivale a 931 bebês por dia, ou a 6 prematuros a cada 10 minutos e representa o dobro do índice de prematuros nascidos na Europa.

Crianças nascidas prematuras podem ter o crescimento, assim como o desenvolvimento cognitivo e neuropsicomotor, prejudicados. Além disso, outras complicações de saúde associadas à prematuridade podem levar o bebê a óbito.

Manter o calendário vacinal da criança nascida prematuramente sempre atualizado é importante para garantir uma maior proteção, principalmente contra doenças infecciosas.

Continue a leitura deste conteúdo e conheça quais são as vacinas recomendadas para os prematuros.

Conheça as principais vacinas para prematuros

Por conta da necessidade de um período de hospitalização, muitos pais acabam deixando em segundo plano a vacinação dos recém-nascidos prematuros.

Em razão disso, em muitos casos, as taxas de atraso vacinal variam de 30% a 70%, podendo até mesmo ter um tempo de atraso variável de 6 a 40 semanas, a depender do tipo da vacina.

A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) afirma que este dado é preocupante, pois coloca essas crianças em um risco elevado de contrair doenças imunopreveníveis.

No entanto, além da sequência estabelecida pelo calendário vacinal, a vacinação de bebês prematuros deve levar em consideração diversos aspectos, entre eles: o quadro clínico da criança, o local de aplicação, assim como o intervalo entre as doses.

O calendário vacinal dos prematuros possui poucas alterações quando comparado ao das crianças nascidas a termo.

A seguir, conheça as vacinas recomendadas pela Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) para os prematuros:

BCG

Essa vacina de dose única protege contra formas graves de tuberculose, a exemplo da meningite tuberculosa e tuberculose miliar. Contudo, só deve ser aplicada quando o bebê estiver pesando no mínimo 2 kg.

Hepatite B

Responsável por prevenir infecções no fígado causadas pelo vírus da hepatite b, a primeira dose desta vacina pode ser aplicada logo após o nascimento, preferencialmente, ainda na maternidade, durante as primeiras 12 horas de vida da criança.

As duas doses posteriores devem ser ministradas no esquema 0-1 ou 2-6 meses. Já os prematuros com menos de 33 semanas de gestação e/ou menos de 2 kg, devem ser vacinados com quatro doses.

Palivizumabe

Apesar de não ser uma vacina, essa imunoglobulina protege contra o vírus sincicial respiratório (VSR). Prematuros com até 28 semanas gestacionais devem receber a vacina no primeiro ano de vida. Já os nascidos até 32 semanas gestacionais, devem receber a aplicação nos primeiros seis meses de vida.

Devem ser aplicadas doses mensais de 15 mg/kg de peso, por cinco meses, durante o período de maior circulação do vírus, a depender da região do país.

Esquema vacinal para todos os bebês

As demais vacinas que compõem o calendário de vacinação devem seguir o mesmo esquema vacinal, tanto para prematuros, quanto para crianças nascidas a termo. São elas:

  • Vacinas aos 2 meses: tríplice bacteriana (DTP ou DTPA) – 1ª dose: Haemophilus Influenzae tipo B– 1ª dose; poliomielite – 1ª dose; rotavírus – 1ª dose; pneumocócica conjugada – 1ª dose;
  • Vacinas aos 3 meses: meningocócica conjugada;
  • Vacinas aos 9 meses: febre amarela – 1ª dose;
  • Vacinas aos 12 meses: hepatite A; tríplice viral; varicela; meningocócica C conjugada e pneumocócica conjugada.

Veja também: Vacinas contra Covid-19: saiba mais sobre as disponíveis no Brasil

Outros cuidados importantes com prematuros

É importante que pais e mães também fiquem atentos para as aplicações das doses de reforço de cada vacina.

Do mesmo modo, os responsáveis pela criança, assim como todas as pessoas que mantêm contato frequente com o bebê nascido prematuramente, como irmãos, avós e cuidadores, devem manter o seu próprio calendário de vacinação completamente atualizado.

A atualização do quadro de vacinas colabora para diminuir o risco de transmissão de doenças contagiosas para o recém-nascido, a exemplo da Covid-19, varicela, coqueluche e influenza.

É importante ressaltar que o controle e a eliminação de algumas doenças, como a rubéola, e o sarampo, estão condicionados a elevadas coberturas vacinais da população. Esse com certeza é mais um motivo para ficar sempre de olho nas datas para as próximas vacinas, tanto de crianças, quanto de adultos.

Além da vacinação em dia, os especialistas apontam outros fatores como vitais para diminuição dos riscos de doenças respiratórias para as crianças prematuras, entre eles podemos citar o aleitamento materno exclusivo durante os seis primeiros meses de vida, a não exposição a ambientes com fumaça de cigarro, bem como o atraso da frequência em creches e pré-escolas.

Em casos de dúvidas sobre a vacinação dos recém-nascidos, sejam eles prematuros ou não, o pediatra é o médico especialista mais qualificado para esclarecer os pais sobre como proceder.

Vacinar as crianças, além de obrigatório, é fundamental para assegurar a proteção e a saúde dos pequenos.

Por isso, conserve sempre a caderneta vacinal do bebê, documento normalmente disponibilizado ainda na maternidade, e fique atento para atualização do calendário vacinal.

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