A doença celíaca é uma condição autoimune que afeta entre 1% e 2% da população em todo o mundo. Ela ocorre em indivíduos que são intolerantes ao glúten, uma proteína encontrada principalmente em trigo, cevada, centeio e outros grãos.
Quando uma pessoa celíaca ingere alimentos com glúten, seu sistema imunológico ataca o revestimento do intestino delgado, causando inflamação e danos que diminuem a absorção de nutrientes. Por isso, ocorre uma variedade de sintomas desagradáveis e potencialmente perigosos.
É importante ressaltar que a doença celíaca não é uma alergia, pois, apesar de envolver o sistema imunológico as reações são diferentes. Na alergia, a reação começa segundos ou minutos após a ingestão do alimento causando sintomas potencialmente fatais. Em contrapartida, na intolerância ao glúten, a evolução dos sintomas é mais lenta e silenciosa.
De acordo com o World Gastroenterology Organisation Global Guidelines há três apresentações da doença:
É comum a presença de sintomas gastrointestinais, principalmente na infância e pode ser desencadeada por uma infecção e causar crises em casos mais graves.
Essa forma pode apresentar sintomas psiquiátricos, como depressão, ansiedade e irritabilidade, por exemplo, com ou sem sintomas gastrointestinais.
Há alterações em exames laboratoriais, mas não há sintomas.
Em geral, os primeiros sintomas surgem entre seis meses de vida e dois anos, mas também podem surgir apenas na vida adulta. Por isso, é necessário observar as reações do corpo ao se alimentar de produtos com glúten.
A causa exata da doença não é conhecida, mas acredita-se que seja uma combinação de fatores genéticos e ambientais. Geralmente, as pessoas podem ter um gene que as torna mais suscetíveis à doença, mas é necessário um gatilho ambiental (ingestão de glúten) para desencadear a resposta imunológica ao glúten.
Além disso, há fatores de risco que aumentam a chance do desenvolvimento da doença celíaca.
As probabilidades de desenvolver doença celíaca são maiores para os pacientes com:
O diagnóstico da doença celíaca pode ser complicado, pois, muitos dos sintomas são semelhantes a outras doenças gastrointestinais. Por isso, o médico pode solicitar a restrição da ingestão de glúten para observar se os sintomas melhoram ou desaparecem por completo.
Outros meios de obter o diagnóstico incluem:
A única maneira de tratar a doença celíaca é seguir uma dieta rigorosa sem glúten pelo resto da vida, pois ela não tem cura. Isso significa evitar alimentos que contenham trigo, cevada, malte e centeio como pão, massas e cervejas, por exemplo.
O acompanhamento com nutricionista é imprescindível, pois muitos alimentos têm glúten “escondido” na sua composição. Mas, como ponto positivo, há uma grande variedade de alimentos sem glúten no mercado que podem ser facilmente incorporados em uma dieta saudável e equilibrada.
Caso alguém com doença celíaca ingira glúten, o sistema imunológico irá reagir e prejudicar as vilosidades do intestino delgado. Consequentemente, isso pode levar a danos a longo prazo e complicações, tais como problemas na absorção de nutrientes, anemia e osteoporose, mesmo que não haja sintomas imediatos.
Existem muitas opções saudáveis e deliciosas sem glúten para consumo não só no café da manhã, mas também nos lanches. Por exemplo:
Além disso, pacientes celíacos também precisam de atenção para evitar contaminação cruzada em utensílios de cozinha, panos de prato e até em esponjas.
Em resumo, a dieta sem glúten é a única forma de controlar os sintomas e prevenir complicações a longo prazo. Por isso, é fundamental que as pessoas com doença celíaca sigam uma dieta rigorosa sem glúten e recebam orientação de um nutricionista especializado para garantir que estejam recebendo os nutrientes necessários para manter uma boa saúde.
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