Conheça o que causa epilepsia e os diferentes tipos de crise

Homem que sofre de vertigem ou tontura ou outro problema

De acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), a epilepsia é uma condição que afeta 50 milhões de pessoas no mundo todo, sendo 3 milhões apenas no Brasil. Continue a leitura e entenda o que causa epilepsia.

O que é a epilepsia?

A epilepsia é um transtorno neurológico crônico caracterizado por convulsões recorrentes e/ou ataques epilépticos. Esse transtorno é uma condição temporária e reversível em que, por alguns minutos, os neurônios do cérebro ficam super estimulados, emitindo sinais incorretos para o corpo.

Portanto, chamamos de epilepsia quando o paciente apresenta várias crises convulsivas sem causa óbvia.

Na maioria dos casos, as crises passam sozinhas e não duram muito tempo. No entanto, caso as crises sejam muito recorrentes ou durem mais de 5 minutos seguidos, é preciso buscar atendimento médico.

O que causa a epilepsia?

Muitas vezes não há causa conhecida para a epilepsia, pois ela varia de acordo com o tipo de crise e a idade do paciente.

Por exemplo, ela pode ocorrer em crianças que sofreram de falta de oxigênio durante a gestação e o parto, erros genéticos de metabolismo e anomalias congênitas. Além disso, ela pode ocorrer em casos de lesões neurológicas após acidentes, abuso de substâncias ilícitas e álcool, tumores, doenças neurológicas, infecções como meningite e outras condições.

Quais os tipos de crise de epilepsia/convulsiva?

Crise parcial

Ocorre quando os impulsos elétricos desordenados atingem apenas uma região do cérebro. Por isso, quando ela ocorre, o paciente não perde a consciência e os sintomas são sutis e dependem da área atingida.

Sintomas da crise parcial

Como os sintomas são sutis, nem sempre é possível dar um diagnóstico, pois é comum que haja confusão com outras desordens neurológicas e psiquiátricas. Por isso, caso perceba esses sintomas, busque atendimento médico para investigar a epilepsia.

  • Movimentos involuntários em partes do corpo;
  • Alterações nos sentidos (olfato, paladar, audição ou visão);
  • Alucinações;
  • Vertigens;
  • Alterações na fala;
  • Sensação de estar fora do corpo.

A crise parcial também pode ser complexa. Nesse caso, o paciente não tem consciência do que está acontecendo e apresenta movimentos repetitivos como, por exemplo, ficar mexendo a cabeça de um lado para o outro, esfregar as mãos, andar em círculos, entre outros sintomas. Esse tipo de crise normalmente dura 1 minuto e o paciente não se lembra do que aconteceu durante o episódio.

Crise total ou generalizada

É quando ambos os hemisférios do cérebro são atingidos, causando um ataque convulsivo. Esse tipo de crise é o quadro mais assustador, pois os sintomas ocorrem no corpo todo.

Inesperadamente, o paciente apresenta rigidez corporal e cai inconsciente. Em seguida, iniciam-se movimentos corporais rítmicos e rápidos dos braços e pernas, salivação excessiva e perda de controle dos esfíncteres. Por isso, é comum urinar ou evacuar durante as crises. Além disso, devido ao movimento incontrolável, o paciente pode morder a língua, causando sangramento.

Logo após a crise, que dura entre 1 e 3 minutos, ocorre cansaço, sonolência, confusão e perda de memória recente. Nesse caso, é preciso atenção, pois as quedas podem causar traumatismos na cabeça.

Crises de ausência

É um tipo de manifestação da crise generalizada, mas que dura cerca de 20 segundos apenas e pode ocorrer várias vezes ao dia. Ela causa “desligamentos” do mundo real, então, o paciente fica paralisado, podendo ou não piscar os olhos repetitivamente.

Normalmente, a pessoa volta sem perceber e continua a realizar o que estava fazendo antes. Esse tipo de crise pode ser desencadeado por flashes luminosos e repetitivos ou hiperventilação (respirar muito rápido em pouco tempo).

Status epilepticus

É quando a crise dura mais de 5 minutos ou quando elas ocorrem repetidamente antes do paciente voltar a consciência. Esse caso precisa de atendimento médico de urgência pois apresenta riscos graves.

O que fazer durante crises convulsivas/epiléticas

De acordo com o Ministério da Saúde, não há o que ser feito para interromper uma crise. No entanto, é preciso fornecer apoio para que a pessoa não se machuque e, se for alguém próximo, conhecer a causa da epilepsia contribui em caso de atendimento médico de emergência.

  • Mantenha a calma;
  • Evite que a pessoa caia bruscamente no chão;
  • Proteja a cabeça de quem está em crise com algo macio;
  • Deixe a pessoa se debater, mas protegida que coisas duras e pontudas;
  • Mantenha cabeça dela de lado, para evitar engasgos e sufocamento;
  • Fique ao lado da pessoa até a crise passar e ela recuperar a consciência;
  • Se a crise durar mais que 5 minutos, peça ajuda médica urgente.

O diagnóstico geralmente é feito através do histórico clínico do paciente. Para o tratamento, o uso de antiepiléticos é suficiente para controlar as crises. No entanto, outras estratégias também podem contribuir para evitar a crise epilética. A dieta cetogênica, a neuromodulação e o uso de canabidiol apresentaram sucesso no tratamento da epilepsia.

Mas lembre-se: nunca se automedique e sempre consulte um médico para que o tratamento esteja adequado considerando a causa da epilepsia.

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