Estima-se que no mundo todo, cerca de 500 milhões de homens e mulheres vivam com osteoporose, sendo que esse número pode duplicar até 2040. Apesar de ser mais comum nas mulheres, a osteoporose no homem precisa de atenção. Estima-se que 1 a cada 5 homens acima de 50 anos terá uma fratura relacionada a osteoporose em algum momento da vida, de acordo com a International Osteoporosis Foundation.
A osteoporose é uma doença crônica e metabólica associada à idade. Nessa doença, os ossos ficam fracos e sensíveis. Ela é a principal doença óssea que atinge os seres humanos. Fisiologicamente, a massa óssea diminui e se deteriora, por conta disso, os ossos ficam frágeis e podem quebrar mais facilmente.
A osteoporose é considerada uma doença metabólica porque o osso é dinâmico e se fortalece. Quando há presença da doença, o osso para de se mineralizar, ficando mais frágil.
Muitas vezes a osteoporose é silenciosa, ou seja, a doença só é descoberta após uma fratura. Para os homens ela é ainda mais preocupante, pois é subdiagnosticada. Devido ao diagnóstico tardio, a osteoporose nos homens pode ser até mais agressiva do que nas mulheres, segundo a International Osteoporosis Foundation.
Relacionada ao envelhecimento (em homens acima de 60 anos de idade). Ocorre em razão da redução da disponibilidade de testosterona.
Atinge homens com menos de 60 anos. Não possui causa identificada.
Pode ter origem medicamentosa ou secundária a alguma outra doença.
O risco de desenvolver osteoporose pode ser reduzido por meio da adoção de medidas de prevenção. Conhecendo as principais causas é possível identificar fatores que podem ser prevenidos para que não haja o desenvolvimento da osteoporose.
Como já citado, a osteoporose no homem pode ser involucional, idiopática e secundária. No entanto, apenas a secundária possui uma gama de causas conhecidas.
A osteoporose no homem pode ter origem secundária, causada por condições médicas ou medicamentos. Essa interferência na remodelação óssea pode afetar indivíduos mais jovens e possui tratamento mais complexo do que a osteoporose primária, pois depende da doença ou medicamento associado.
Ela pode atingir homens de qualquer idade e é responsável por cerca de 30% a 60% das fraturas em coluna vertebral.
Alguns dos fatores estão relacionados a hábitos de vida, como consumo de álcool, cafeína e tabagismo. Também há maior risco a depender da raça/etnia, histórico familiar e condições genéticas. No entanto, há associação clínica com o uso de medicamentos e presença de outras doenças.
A associação da osteoporose com medicamentos está ligada as seguintes classes:
Além desses fatores, algumas condições clínicas também predispõem o desenvolvimento de osteoporose. São exemplos:
A principal consequência da osteoporose é a fragilidade óessea e, consequentemente, maior risco de fraturas. Estima-se que no mundo todo a osteoporose cause mais de 9 milhões de fraturas anualmente. Isso significa 1 fratura decorrente de osteoporose a cada 3 segundos.
As fraturas mais prevalentes ocorrem no quadril, na coluna e no antebraço. Além desses também é comum fraturas de úmero, costelas, tíbia, pelve e fêmur.
Uma dieta balanceada, ingestão adequada de cálcio e vitamina D (seja por exposição ao sol ou suplementação vitamínica) são essenciais para prevenir a perda óssea. Também é essencial suspender os hábitos de vida que aumentam o risco da doença, como tabagismo e consumo de álcool e cafeína.
Além disso, profissionais recomendam a prática de exercícios e atividades físicas para melhorar o equilíbrio e força, e consequentemente, reduzir as quedas. Devido às consequências na qualidade de vida, dor substancial, perda de independência e maior risco de mortalidade e morbidade é importante a prevenção de fraturas.
Como apresentado, a osteoporose nos homens é silenciosa, seguindo o mesmo padrão para mulheres. Em razão disso, ela só é descoberta após uma fratura ou em exames periódicos que possam identificá-la.
Alguns sintomas sugestivos de fratura na coluna, por exemplo, incluem dores na coluna, diminuição na estatura, postura encurvada, respiração dificultada, e outros. Em caso de fraturas em outras regiões, como no punho, a dor é o principal sintoma.
A recomendação é a realização de consultas e exames periódicos. A densitometria óssea é o principal método para a determinação da densidade mineral óssea. No entanto, exames laboratoriais também podem indicar a presença da doença. É possível citar:
Lembre-se sempre, a prevenção é o melhor remédio. Cuide-se.