Por que você não deve ignorar os riscos da automedicação

Homem idoso verificando bula de remédio e organizando seus medicamentos

É difícil encontrar quem não tenha, pelo menos uma vez na vida, tomado um remédio por conta própria para lidar com um problema de saúde qualquer. Não por menos, as famosas “farmacinhas” são tão populares entre os brasileiros. No entanto, é preciso sempre ter em mente os riscos da automedicação.

Essa preocupação precisa ser considerada principalmente quando se leva em conta a extensão de tal hábito entre a população. De acordo com dados de 2022, do instituto de Pesquisa e Pós-Graduação para o Mercado Farmacêutico, praticamente 9 em cada 10 brasileiros tomaram algum remédio sem a devida prescrição médica no período analisado.

A definição de automedicação

De forma ampla, a automedicação é definida pela iniciativa de tomar qualquer medicamento por conta própria sem que para isso tenha havido antes uma prescrição profissional (feita por um médico ou, em alguns casos, por um farmacêutico).

É o que acontece, por exemplo, quando alguém com dor de cabeça toma um comprimido que está na gaveta da mesa do escritório.

Além disso, em muitos casos, a automedicação acontece a partir da recomendação de um amigo ou parente, inclusive com base em sobras de medicamentos de outros tratamentos. Esse é um caso costumeiro de quando alguém com dor de garganta usa o resto de antibiótico de uma pessoa que teve uma infecção na região anteriormente.

No mais, o uso de chás ou ervas com supostos benefícios terapêuticos também é consideradouma forma de automedicação. Não é porque algo é natural que não oferece riscos à saúde se usado de maneira indevida.

Os fatores que levam à automedicação são muitos. Eles vão desde dificuldade de acesso a serviços de saúde qualificados até a ampliação do acesso à informação propiciado pela internet, além de falhas na restrição de circulação de determinados medicamentos, que deveriam ser liberados apenas sob rígido controle sanitário.

Veja também: O que é a hipocondria e como essa condição está associada à automedicação?

Os principais riscos desse hábito

Você certamente já ouviu que a diferença entre o veneno e o remédio é a dose. Tal afirmação pode servir como referência de um dos principais riscos da automedicação, uma vez que nem sempre temos o conhecimento adequado para definir qual a quantidade adequada para o uso de determinado medicamento.

Mas esse, claro, não é o único perigo desse tipo de iniciativa. Entre outras ameaças que merecem atenção toda vez que se usa um remédio por conta própria estão:

  • Ignorar a dificuldade em fazer um autodiagnóstico correto.
  • Mascarar sintomas que merecem atenção adequada.
  • Experimentar possíveis interações medicamentosas.
  • Sofrer com efeitos colaterais, que podem ser potencialmente graves.
  • Não conhecer eventuais contraindicações.
  • Ter dificuldade em discriminar posteriormente quais fármaco ingeriu.
  • Usar um medicamento por tempo demais.
  • Consumir produtos fora da data de validade ou sem o armazenamento apropriado.
  • Desenvolver dependência em medicamentos com risco de abuso.
  • Elevar a resistência microbiana (que faz com que os antibióticos percam eficácia).

Com tudo isso, fica nítido que não é fácil ponderar os riscos e os possíveis benefícios da automedicação. Dessa forma, o uso racional de medicamentos deve ser sempre incentivado sempre, não só como forma de minimizar a chance de problemas, mas até mesmo como maneira de economizar: muitas vezes a automedicação é o barato que sai caro.

Como utilizar medicamentos com segurança e economia

Para garantir o uso seguro de qualquer medicamento e evitar o desperdício, algumas orientações gerais são extremamente relevantes. Por isso, sempre que precisar de um remédio, seja de forma pontual ou contínua, observe os seguintes pontos:

  • Siga à risca a receita médica, respeitando doses e intervalos de uso do medicamento.
  • Em caso de dúvidas, consulte o médico responsável pela prescrição ou um farmacêutico.
  • Mantenha os remédios nas suas embalagens originais junto da bula e conservados conforme a orientação do fabricante.
  • Não armazene sobras de medicamentos de forma desnecessária.
  • Descarte medicamentos vencidos em postos de coleta (disponíveis em muitas farmácias).
  • Não interrompa o tratamento sem a devida orientação.
  • Leve o nome dos medicamentos que você toma regularmente nas suas consultas médicas.

Com essas orientações, além de evitar os riscos da automedicação, você garante que os tratamentos prescritos cumpram o papel esperado na promoção da saúde, sempre com segurança e economia.

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