Vários riscos ao nosso bem-estar estão associados a determinados fatores ambientais e sociais. O maior exemplo disso talvez seja a relação entre saneamento básico e saúde, uma vez que habitar um local sem acesso a esse serviço básico tende a piorar muito a qualidade de vida de uma pessoa, por uma série de motivos.
Dessa forma, é preciso compreender como a falta de água potável e do recolhimento e tratamento adequado do esgoto, entre outros recursos essenciais, causa prejuízos à saúde e como investir nessa área gera benefícios para a sociedade como um todo.
Para reforçar a importância do saneamento básico para a saúde, vale a pena começar com uma pergunta: você já pegou ou conhece alguém que tenha sofrido com cólera? Se você mora em uma região com água encanada e tratamento de esgoto, a chance de que isso tenha acontecido é bem menor.
A cólera se dissemina por água contaminada pelo Vibrio cholerae, a bactéria responsável pela doença. Para que isso aconteça, uma pessoa doente precisa eliminar suas fezes em um local em que esses resíduos atinjam a água, que posteriormente será bebida ou contaminará alimentos consumidos por outras pessoas.
Ou seja, a chance de a doença se disseminar é muito maior nos locais onde as instalações sanitárias são precárias, inclusive no que diz respeito às necessidades básicas. Desse modo, o saneamento básico deve prover, no mínimo:
A cólera é apenas um exemplo de doenças cuja frequência pode ser agravada pela falta de acesso a um serviço eficiente de saneamento básico. Entre outros exemplos disso estão:
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Embora a relação entre saneamento básico e saúde seja bastante relevante, muito ainda precisa ser melhorado no Brasil para que tal direito básico esteja disponível para todos os brasileiros. Alguns números mostram como o cenário está aquém do ideal:
Ainda considerando o ano de 2022, os dados disponíveis mostram que foram registradas 191 mil internações por conta de doenças transmitidas pela água.
Logo, ignorar a relação entre saneamento básico e saúde pode ampliar as despesas com saúde. Ou seja, é mais barato investir para oferecer o serviço para o restante da população do que remediar os problemas causados pela falta dessa infraestrutura. Estima-se, por exemplo, que a cada 1 R$ de investimento nessa área, os sistemas públicos de saúde economizam no mínimo 4 R$.
Aproveite agora para saber mais sobre como as questões sociais e ambientais influenciam na disseminação da doença de Chagas.